A 3ª Edição do Festival Rascunho tem mais uma ESTREIA: PÁPU RÉTU de PRÉTU (Chullage).
Sobre o Artista e Criação: Xullaji é rapper, músico, poeta sónico e visual, nascido em Lisboa de origens cabo verdeanas. É principalmente conhecido pelo seu trabalho político como o rapper chullage, e pela sua composição e sound design para teatro e artes visuais como soundslikenuno.
Num surto esquizofônico recente xullaji criou Prétu. Prétu é um afronauta numa viagem sónica e visual pelo seu cosmos sampladélico, parando em estações à procura de viajantes que queiram fugir do metaverso imperial, previsível e vigiado.
Usa o sampler como anacronizador para dissolver o Relógio do Mestre. O tempo é encolhido, esticado, acelerado e desacelerado, corrido em várias direções, sobreposto, loopado, espiralizado, warpado.
O velocímetro deste Objeto Sónico Não Identificado marca BPMs variados. Samples são a ignição. Poliritmos acústicos e electrónicos aceleram partículas e os sintetizadores, misturados com delays, reverbs e distorções, abrem fendas entre géneros e criam portais que atravessam dimensões. Não existe gravidade. Quem precisa de chão não embarca. Fragmentos de electrónica, dub, morna, batuku ou colaboi chocam, colapsam e da poeira estelar, e da chuva cósmica, nasce a música.
Não há mapa. Navega-se à vista através de tecnologia ancestral africana em busca da profetizada “Strela Negra”. Por vezes com co-pilotos, às vezes sozinho. Porém, há uma entidade, que se materializa aleatoriamente no cockpit, usando o corpo e o movimento como oráculo.
Mensagens disponíveis no arquivo cósmico africano são intuídas, descarregadas, reinterpretadas e oralizados em diversos fluxos e linguagens. Retransmitidas à procura de chegar a guerrilheiros de outros quadrantes na luta contra o colonialismo e o império, que depois da terra e dos corpos colonizou a consciência com o algoritmo. No multiverso de Prétu “A Luta Continua”.
𝐅𝐄𝐒𝐓𝐈𝐕𝐀𝐋 𝐑𝐀𝐒𝐂𝐔𝐍𝐇𝐎 Organização: ANTÍPODA a.c. Site: https: https://www.antipoda-ac.pt/ A ANTÍPODA associação cultural, é uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Cultura / Direcção-Geral das Artes e o Município de Évora. Apoios: Direcção Regional de Cultura do Alentejo, Fundação Eugénio de Almeida, Crédito Agrícola. Parcerias no território: Pé de Xumbo, Espaço do Tempo, Alma d'Arame, Pó de Vir a SER, PIM.