Redundância colocar free como prefixo, sobretudo se falamos de jazz e de músicos como Luís Lopes, John Dikeman e Aleksandar Škorić (Mofaya). Talvez, e recorrendo à velha tradição do jazz, os possamos adjectivar, nunca catalogar, como jazz libertário. Encontramos tanto em Lopes, como em Dikeman e Škorić, uma tentativa de puxar os limites até aos limites, e acreditem que não é redundância gratuita. Manifestação simples de um não adormecimento, num contexto que impele cada um de nós para um sedutor, quanto ilusório, marasmo. Partindo daqui, foi com a naturalidade, que três associações se decidiram juntar para organizar o respectivo concerto – Associação Terapêutica do Ruído (ATR) + Disgraça + Nariz Entupido. O resto, aparecer ou não, fica ao critério de cada um. É dia 10 de Agosto.
LUÍS LOPES | Incubou no Rock e nos Blues, antes de incursar no Jazz e na música improvisada. Constitui e lidera formações musicais que cedo o colocaram na cena internacional, das quais se destacam o Humanization 4tet (com o saxofonista português Rodrigo Amado e os texanos Aaron e Stefan Gonzalez), Lisbon Berlin Trio (com os alemães Christian Lillinger e Robert Landfermann), Guillotine (com o francês Valentin Ceccaldi e o norueguês Andreas Wildhagen). Participa em colectivos como os luso-suíços Big Bold Back Bone ou com músicos portugueses de onde se destacam o trio Garden (com Bruno Parrinha e Ricardo Jacinto) e o ensemble de 9 elementos lisboetas LFU-Lisbon Freedom Unit. Os seus solos assentam num conceito de experimentação que vai do noise ao pianíssimo. Destaca-se ainda o seu gosto por duos, vertente que iniciou com Jean- Luc Guionnet, Fred Lonberg-Holm ou Julien Desprez. Luís Lopes tem discos editados na Clean Feed, Shhpuma Records, Wide Ears, Creative Sources, Ayler Records, JACC, MultiKulti, e na sua própria LPZ Records, discos esses aclamados nos mais importantes jornais, revistas e blogs um pouco por todo o mundo, como a Wire (Inglaterra), Citizen Jazz, Jazz Magazine e improjazz (França), Enola Magazine (Bélgica), Downbeat, All About Jazz NY, Cadence Magazine, NY City Jazz Records, Signal to Noise, Point of Departure (Estados Unidos), Toma Jazz (Espanha), All about jazz Italy (Itália), Jazz'n'more/blues roots (Alemanha), FreeForm FreeJazz (Brasil). Tem marcado presença em palcos como: Jazz em Agosto (Gulbenkian), Jazz ao Centro Coimbra, Portalegre Jazz Fest, Seixal Jazz, Sines em Jazz, Serralves em Festa, Festival Rescaldo Culturgest, Ljubljana Jazz Fest, Konfrontationen Fest Nickelsdorf Austria, Tricollectif Soiré Tricot Fest Paris, Jazz or Jazz Fest Orlean, Clean Feed New York Fest, Clean Feed Chicago Fest, Clean Feed Colónia Fest, Clean Feed Berlin Fest, Snug Harbor New Orleans, The Stone New York, HideOut Chicago, Ausland Berlin, Exploratorium Berlin, Occi Amesterdão, Klappfon Fest Basel, Win Zurich, Hærverk Oslo, Brötz Göteborg, Entrepreneurs Museum Moscovo, Suoni Per Il Popolo Fest Montreal, entre muitos outros.
luislopes.pt | http://luislopes.bandcamp.com/
MOFAYA | ‘A comunicação entre os músicos decorreu na perfeição, como se tivessem tocado juntos a vida toda. … não se pense que é exercício de destruição do free-punk, porque, embora o seu som seja intenso, ao mesmo tempo é muito honesto, profundo e pessoal, sem um pingo de pretensão. ‘Jazzin.rs’
John Dikeman | Saxofone Aleksandar Škorić | Bateria
Mofaya! é construído em torno da dupla Dikeman e Škorić. Transcendência, ritual, abandono, amor do coração! O seu álbum de estreia, ‘Like One Long Dream’, foi lançado em junho de 2021 pela Trost Records. A dupla colabora como vários músicos convidados como - Farida Amadou, Marina Džukljev, Marta Warelis, Shay Hazan, Bart Maris, Jasper Stadhouders, Cactus Truck, Seb el Zin, Vid Drašler, Marko Karlovčec, Mark Morse, Zane Massey, Peter Ajtai.
http://trostrecords.bandcamp.com/album/like-one-long-dream http://jazzin.rs/ring-ring-2017-1-john-dikeman-aleksandar-skoric-salter-ensemble-argo-feat-rodjenice | http://doekraw.bandcamp.com/album/mo-faya
Contribuições conscientes | 03 – 05 DIY’s