26 JULY (WEDNESDAY) Bilhetes: 15€ Foto Rokia Koné - © Karen Paulina Biswell 21h00: * CARMINHO (Portugal) @ Castelo Não há fadista mais intensa que Carminho. O seu canto é uma entrega total do corpo e da alma. Sines esperava-a e ela aqui está, com o sexto álbum da carreira, "Portuguesa". Em busca de aprofundar o seu pensamento sobre o fado, sobre a música e a poesia portuguesa e sobre si própria, Carminho explora várias combinações dentro dos cânones do género. Há fados escritos e compostos por si, mas também por outros autores. Criada numa casa de fados, Carminho fala a "língua viva" do fado desde muito nova. Viajou pelo mundo em missões humanitárias, apaixonou-se pelo Brasil e pelos seus artistas, e é hoje uma das vozes de Portugal mais reconhecidas no mundo. 22h15: * LILA DOWNS (Mexico) @ Castelo Lila Downs nasceu em Oaxaca, mas também viveu com a família nos EUA. A sua mãe, igualmente cantora, pertence ao grupo indígena mixteco e o seu pai a uma família escocesa e estado-unidense. Bebe nas tradições do México e a liberdade dos povos indígenas é a sua causa. Uma das maiores vozes do mundo, é também compositora, produtora, atriz, antropóloga e ativista. Nas suas canções, defende a justiça, os imigrantes, as mulheres. Mistura estilos (rancheras, corridos, boleros, jazz, hip-hop, cumbia) e também línguas (espanhol, inglês e idiomas nativos, como o zapoteco da sua mãe). Ganhou um Grammy e seis Grammy Latinos. Chavela Vargas admirava a sua arte. 23h30: * ROKIA KONÉ (Mali) @ Castelo Rokia Koné, a "Rosa de Bamako", começou a cantar em criança, na sua casa em Dioro, perto de Ségou, o berço do império Bamana. Depois, rumou para a capital maliana, onde fez coros para Alia Coulibaly, antes de ganhar o seu espaço na música do país. A estreia internacional foi em 2016, no supergrupo Les Amazones d'Afrique. O primeiro álbum, "BAMANAN", de 2022, é um tributo à língua e cultura dos Bambara do sul do Mali, em especial aos griots. Um disco com uma mensagem de esperança e combatividade, que tenta superar as tribulações que o Mali tem vivido na última década. "As dificuldades são apenas um momento no tempo, e todas as coisas passam", diz. 00h45: * CIMAFUNK (Cuba) @ Castelo Erik Alejandro Iglesias Rodríguez explica-se pelo nome artístico que escolheu: Cimafunk. "Cima" é uma referência à herança dos cimarrones, cubanos de ascendência africana que resistiram à escravatura. "Funk" é uma nota sobre as influências de funk, afrobeat e hip hop. Cimafunk e La Tribu, a sua banda de músicos habaneros, criam um espetáculo eletrizante. Redefinindo a música cubana contemporânea, a identidade afrolatina e a fusão de culturas negras, Cimafunk está longe de ser um segredo na música mundial. O seu álbum "El Alimento" esteve nos tops de publicações de referência e foi finalista dos Grammy 2023 na categoria de melhor álbum de rock latino ou alternativo.