Depois de ter vencido em 2020 o Grande Prémio de Teatro Português SPA/Teatro Aberto, com a peça Não me faças perder tempo (levado a cena em 2022, numa encenação de Rui Neto), logo na edição seguinte, Luís António Coelho reincidiu na distinção com Um Homem Inofensivo. Segundo o júri, constituído entre outros pelo ator Rui Mendes e pela dramaturgista Vera San Payo de Lemos, esta é uma peça que convoca o espectador “a construir a sua própria história a partir das ambiguidades que o texto deixa em aberto”.
A meio da noite, Renato sente a presença de um estranho em sua casa. Surpreendentemente, o homem justifica-se com a mera vontade de sentir o silêncio de uma casa estranha. Num clima de tensão e mistério, Renato e o estranho começam a debater-se numa “teia de dúvidas, incertezas e silêncios”, a qual revela subtilmente como cada um dos homens encara a mais profunda solidão.
Com encenação de Álvaro Correia, de regresso ao Teatro Aberto depois de há cerca de um ano ter encenado Os Filhos, de Lucy Kirkwood. FB
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