A produção deste trabalho explora a conexão de um estado para o outro. As figuras, imersas, vão-se deslocando lentamente para o onirismo, uma confusão mental. São portais de passagem, viagens sem precedentes e sem destino final. Há uma queda em certos mundos imaginários e realidades impercetíveis – que transcende a natureza física da perceção para entrar num território de emoção... sonho ou realidade? Onde se encontra a mente? Esse cair para outro estado que oferece um elemento de reflexão, descoberta, expressão, …. Há uma viagem durante o sono, uma outra vida. Quantas horas passamos na casa do sonho? Começam as viagens solitárias introspetivas, adotando um novo estar - “Solidão um estar só intensificado e concentrado, para aquele que ama”.1
As pinturas são como desenhos escultóricos, apresentam um processo de construção e demorado. A conjunção de materiais e a vivacidade do traço apresentam soluções para uma miscelânea de pensamentos que invadem a figura.
Há uma recolha de pensamentos tristes. Solidão presente. Age em desamparo conjunto até que age sozinha. “Quando a melancolia se coagulou no seu sangue, ergueu-se nele o medo e introduziu-se um desconforto na sua vista, fonte de tristeza que daí em diante se tornou parte essencial da sua alma.”2
A consciência sublinha o sonho.
1.RILKE, Marie. Cartas a um jovem poeta. Antígona, 2016, p. 77
2.QUIGNARD, Pascal. A noite sexual. Sr teste, 2021, p. 38
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