“PERTENÇO-ME” Exposição Individual de Pintura de Martinho Dias INAUGURAÇÃO: 1 de novembro das 16h30 às 19h MAC - Movimento Arte Contemporânea Av. Álvares Cabral, 58-60 - Lisboa Patente de 1 a 28 de novembro Segunda a sexta entre as 13h e as 20h - sábados entre as 15h e as 19h Ao longo de cerca de 20 anos de carreira, Martinho Dias, tem vindo a ser um intransigente pesquisador de verdades e de liberdades interiores, não cessando de se transformar – mantendo-se, no essencial, fiel a si mesmo. Martinho Dias perfaz o contorno, realiza o movimento, concretiza a ideia num imaginário pictórico único que lhe atribui um lugar marcante nas artes plásticas portuguesas. As suas telas refletem reminiscências que instigam a imaginação e afloram a lembrança de qualquer observador, conferindo harmonia e beleza à trivialidade do quotidiano. O grafismo, aqui afirmado como elemento estilístico, afirma a autonomia da cor, que polariza e atrai a fluidez antropomórfica das formas, é na sua obra de uma importância fundamental. Fala-nos pela incidência da cor que transporta e assume o papel de interlocutor entre a obra e o espectador. Estamos agora perante um artista sem hesitações, de um saber constante e ritmado, onde cada tomada de consciência nos abre o caminho para o seu mundo multidisciplinar, onde cada gesto tem o sabor de uma certeza. A arte de Martinho Dias, extraordinariamente sensível na fluidez da linguagem das formas, na vigorosa materialidade da cor, na força e no encanto da sua evasão e do seu êxtase, é uma fascinante e esplêndida aventura espiritual e técnica. As suas obras, são pois materialização de anseios e de sonhos, notas de realce, na Pintura Portuguesa Contemporânea. A devoção e o profissionalismo, a continuidade e o empenho que Martinho Dias nos transmite nas suas obras, revelam-nos estar perante um grande pintor e um excelente artista, reconhecido não só em Portugal como internacionalmente. Em “Pertenço-me” título da exposição que agora nos apresenta no MAC- Movimento Arte Contemporânea, mostra-nos a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, a qualidade intranquila da sua poética, que faz de cada momento uma reencarnação imprevisível, uma nova conquista, um constante enriquecimento. Revelando um esforço de lucidez e de empatia criadora, tem merecido, justamente, os aplausos de grandes nomes das artes plásticas, de críticos e do público. O vigor e qualidade do conjunto destas obras farão, com toda a certeza, que Martinho Dias ocupe um significativo lugar nas artes plásticas do nosso país, pela pintura que vem construindo e a que já nos habituou, confirmando o talento e sobretudo a qualidade técnica e criativa deste artista. Álvaro Lobato de Faria Diretor-Coordenador do MAC Movimento Arte Contemporânea