Acho que tudo começou com uma fotografia da mãe do artista, postada no seu instagram pessoal. A mãe, mulher bonita e carismática veste um vestido à anos 70, com largas riscas sobre fundo branco. […]
Parece que a partir daí, as linhas, riscas e vincos presentes na fotografia se autonomizaram e começaram a habitar as 10 pinturas de Pedro Quintas.
O fundo branco do vestido é substituído por fundos com cor enquanto as riscas / linhas fortes se mantêm: bege, vermelho, verde e azul claro revezem-se e reforçam os contrastes (nem sempre complementares) entre aquilo que parece ser o objeto e o fundo da pintura.
Olhando de bem perto, os fundos tornam-se mais complexos – eles também já foram riscas e permanecem os vincos que sobressaem por debaixo da cor unificadora que lhes foi aplicada.
Existem vários grupos de obras, que permitem o espetador de se encontrar e reencontrar com eles, pela proximidade das cores do fundo, feitio das riscas e sua repetição, etc.
Declinações sobre um mesmo tema, com base na geometria, usando uma nomenclatura inventada pela próprio artista, e na qual a cor tem um papel fundamental – é ela que muda não só o espectro como a sua intensidade. Fiel a si próprio, Quintas propõe jogos formais em que parece haver uma maior complexidade de vincos e sobreposições nas pinturas maiores, enquanto nas pinturas de menor dimensão mantém a complexidade pelo uso da cor.
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