Maria Capelo
Curadoria de Natxo Checa e Nuno Faria
Secreta e silenciosa, como poucas na paisagem da arte contemporânea portuguesa, a obra de Maria Capelo tem vindo a constituir-se como uma lenta e perseverante construção visual e semântica, bem próxima do trabalho poético, entendido como processo de escavação, redução e modulação.
Combinando um escasso conjunto de elementos, entre os quais pontifica a árvore, denominador comum e omnipresente, o trabalho da artista em pintura e em desenho prossegue a milenar tradição paisagística, transversal a toda a produção artística, do Ocidente ao Extremo Oriente.
A paisagem tem dois tempos, um geológico, lento, parecendo, ilusoriamente, anterior e alheia à ação humana, e o outro presente, urgente, marcado pela fragilidade, anunciando, metonimicamente, a fragilidade do mundo e da existência.
Perguntamo-nos: porque teima em persistir, nas artes visuais, o género da paisagem? Conforme nos diz Orlando Ribeiro, geógrafo português e um dos protagonistas da afirmação moderna da disciplina, «a paisagem é uma criação histórica, contém gravadas todas as marcas do que aconteceu, e, ao mesmo tempo, tudo está sempre em perigo», dá-nos uma pista sobre a profundidade, a transparência histórica da temática e prática da paisagem.
Parceria: ZDB
BILHETES
Entrada livre
HORÁRIO
Terça—Domingo
10H—17H30
Encerra às segundas e dias feriados.
ENDEREÇO
Palacete dos Viscondes de Balsemão
Praça de Carlos Alberto 71, 4050-157 Porto
GPS: 41.148946, -8.615291
Localização
AUTOCARRO
22, 304, 305, 507, 601, 602
METRO
Trindade
ESTACIONAMENTO
Carlos Alberto, Leões;
Praça de Lisboa
Fonte: https://museudacidadeporto.pt/exhibition/do-planalto-se-dobra-a-montanha/