"A Casa sou eu" de Lucília Monteiro Logo na manhã da vida, dos primeiros riscos de uma mão hesitante, nasce uma casa. A identificação com a casa há-de acompanhar cada passo dado na longa estrada da existência. A casa é o ninho aconchegante, o refúgio que transmite segurança, o lugar onde a família ganha novos elementos e onde os amigos são bem-vindos. Mesmo que haja mudanças de sítio, ou que a casa se renove com obras, poeiras, cheiros de tintas novas, a ideia da casa mantém-se estável. Afinal, cada tijolo, trave-mestra, esquina, degrau ou objeto guardado, são apenas elementos físicos. Porque a minha casa sou eu com as muitas vivências, que aguardam um lugar onde ganhar raízes como a erva que brota daquele rasgo na parede. - Ivo Caldeira Exposição vídeo patente no Museu de Lamego, integrada na segunda edição do Ciclo de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa 2021. Transmissão direta: LIVE da página do facebook ZOOM Entrar na reunião Zoom https://us06web.zoom.us/j/82224169783... ID da reunião: 822 2416 9783 Senha de acesso: 426158 NOTA BIOGRÁFICA Lucília Monteiro nasceu em 1966, na Madeira. Em 1988 ingressou no Curso Superior de Fotografia na ESAP iniciado em simultâneo a carreira de fotojornalista (1989). Em 2014 concluiu o mestrado em fotografia e cinema documental. Ao longo da carreira fez reportagens em conceituados jornais e revistas portugueses (Expresso e Visão), em que se destacam as minorias étnicas na China (1998), guerra civil em Angola (2001), conflito político na Venezuela (2002) e reportagens na Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, Brasil. O fotojornalismo foi uma oportunidade para conhecer o mundo, aprender e ver realidades diferentes, para se documentar. A sua preferência vai para uma fotografia que suscite uma narrativa mais subjetiva, que leve à interrogação, que seja um conjunto de palavra-fotografia, relacionando o social, política, fé e culturas diferentes. A partir de 2014 começou a trabalhar noutros projetos que sempre lhe interessaram, tendo levado a cabo iniciativas pessoais no âmbito da fotografia documental, arte e instalação, com fotografias e vídeo. Investigou sobre os ex-votos em Portugal trabalhando o ex-voto como representação do corpo em cera e o ex-voto fotográfico. Atualmente trabalha o tema “Mulheres da Guerra” vítimas da Guerra Colonial. Cria narrativas a partir do seu arquivo fotográfico de 35 anos, e relaciona com o presente. Os temas centrais das suas investigações são: corpo e lugar e seus mitos.