Em maio de 2014, com o anúncio da saída da troika, Duarte Amaral Netto decidiu atravessar Portugal de norte a sul, pelo centro. Inquietava-o a ideia de conhecer um país e como isso parecia impossível. O resultado dessa jornada é um retrato pessoal do país que tem tanto de analítico, de crítico, ou de poético.
Saídos dessa fase cinzenta da história recente, e apesar de só parcialmente ter sido ultrapassada a crise económica e social que originou, seguiu-se uma época de aposta no potencial turístico e na qualidade de vida que o país tem para oferecer.
Esse otimismo que a aposta nas áreas do turismo e da hospitalidade geraram na economia, amplificou um problema que já era uma dificuldade à estabilidade e ao desenvolvimento do país – uma crise da habitação que se soma a um tecido social fragilizado, largamente dependente do sector dos serviços.
Um abalo maior, e que tornaria visíveis todas a debilidades da estrutura sócio-económica portuguesa, chega-nos com a pandemia mundial covid-19, que oferece pano de fundo à primeira incursão de Duarte Amaral Netto pelo território do cinema, na qual questiona os mecanismos de flutuação das dimensões económicas, sociais, habitacionais e políticas que condicionam a nossa vida em 2021.
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