Na calada da noite entoa o despertador. São quatro e quarenta da manhã. Está na hora de quinze audazes homens se prepararem para um dos últimos dias da condenada arte de pesca artesanal conhecida por Arte Xávega.
Encabeçados pelo Arrais da companha, Manuel Maria, lado a lado com o dono da embarcação, David Oliveira, e sua esposa Carolina Tavares, estes homens avançam em direção à Praia do Torrão do Lameiro em Ovar, desbravando o imprevisível da noite. Vão na esperança que o mar faça valer a pena toda esta azáfama matinal e lhes recompense com um bom lanço de pesca. Passam dois minutos das seis
da manhã e começa a aparecer a primeira luz do amanhecer. O barco “Pedro o pescador” entra nas águas do oceano atlântico. “Empurrados” pelos restantes integrantes da companha, quatro homens partem numa viagem com o objetivo de largarem no mar vários metros de rede e cordas.
Após o regresso a terra começa todo um jogo de gestos e olhares. Cada um sabe o papel importante que desempenha e onde se colocar para melhor ajudar o próximo. É como se de uma peça de teatro se tratasse. Peça essa que se desenrola há 19 anos ininterruptos.
Até quando será assim?
Posto de Turismo do Furadouro entrada gratuita destinatários todos os públicos horário segunda a domingo 09h30-12h30/14h00-18h00 +info turismo@cm-ovar.ptou 256 387 410 [exposição aberta ao público até 15 setembro]
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