Esta exposição inaugura o novo programa do museu, construído em torno das coleções da Fundação EDP. Assente em apresentações anuais com conceção e curadoria de especialistas e profissionais convidados de diferentes campos disciplinares e contextos de investigação, o programa inclui uma série de exposições que visam propor uma nova abordagem aos modos de ativação dos repositórios de conhecimento enquanto entidades vivas onde as narrativas do tempo e da história se entrecruzam e enriquecem.
Apresentando 138 obras de 56 artistas que atravessam um período de 80 anos e, por conseguinte, cruzam gerações diversas, esta exposição de obras da Coleção de Arte Portuguesa Fundação EDP tem curadoria do artista plástico Paulo Mendes e abrange intencionalmente todo o seu arco temporal – de 1942 ao presente.
A exposição gira em torno da “memória” e dos seus modos de produção e ativação, tanto como instrumento como produto do fazer coletivo. Projetada para o enquadramento espacial da Central Tejo – a representação física da memória industrial do início do século XX -, é apresentada em quatro capítulos temáticos principais: trabalho, preguiça, som e palavra, sendo que os dois últimos representam modos de apreensão e enunciação da memória. Ao longo da exposição, duas novas encomendas são apresentadas como elementos de narrativas paralelas que acabam por se fundir numa obra única: uma composição literária do escritor Gonçalo M. Tavares e uma composição musical de José Valente, ambas construídas em torno dos caracteres rítmicos da língua portuguesa.
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