Depois do sucesso do disco “Amália por Júlio Resende”, o pianista volta a homenagear a fadista, desta vez numa Carta Aberta em forma de concerto, em ano do centenário de Amália Rodrigues. E tendo em conta que se trata de uma missiva dirigida pelo próprio Júlio Resende, nada melhor do que ficar com algumas dessas palavras do pianista para Amália:
“Espero e desejo que estejas bem. É certo que vives ainda. Porquê, perguntas? Ora essa, é simples a resposta. Porque ainda ninguém te esqueceu, querida Amália. Já viste quantas vezes gostamos de dizer o teu nome ou escutar a tua voz, quer seja nas ruas do Chiado a vender discos como se vende o peixe que com grande esforço se foi apanhar ao mar, quer seja em casa, fechados, e a sonhar cantar assim? (…) Por isso Amália, eu estou aqui para assaltar as tuas músicas, pegar nelas como em pedras na praia e atirá-las ao mar, e espantar-me, espantar-me muito ao contar o número de ricochetes que a pedra faz até se afundar lá ao fundooo, finalmente. E há lá coisa mais bonita? (..) Assim te digo: Muito Obrigado Amália, por me inspirares a fazer castelos de areia e a manter-me criança.”
A paixão do pianista por Amália vai ser partilhada com todos, dia 3 de outubro, no Palco Santa Casa.
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