No dia 29 de fevereiro, o professor Darlan de Mamann Marchi, da Universidade Federal de Pelotas (Brasil) apresenta no Museu Nacional Resistência e Liberdade – Fortaleza de Peniche, a palestra Lugares de sofrimento, património e memória: reflexões a partir de estudos de caso do Rio Grande do Sul/Brasil.
A palestra tratará dos dilemas da transmissão de memórias difíceis, em três sítios da cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul (Brasil).
Dois dos lugares que serão apresentados possuem uma relação com o período da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985): a Ilha do Presídio, localizada no Rio Guaíba, que serviu como penitenciária e prisão política até à década de 1980, e o “Dopinha”, como ficou conhecida uma casa residencial localizada numa área nobre de Porto Alegre, que serviu aos militares como centro clandestino de repressão e tortura ainda nos anos 1960. O terceiro sítio está ligado às políticas públicas de encarceramento por questões de saúde. Trata-se do Hospício São Pedro, inaugurado em 1884, ainda hoje em funcionamento como Hospital Psiquiátrico, e que mantém um memorial num dos seus antigos pavilhões.
A palestra analisa as dificuldades enfrentadas no que se refere à efetivação de políticas concretas de memória e património pautadas pelo respeito aos direitos humanos e comprometidas com a justiça e a reparação.
Este trabalho está inserido no grupo de pesquisa “Patrimonialização de lugares de sofrimento”, do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas (PPGMP/UFPel).
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