Horário: 3.ª feira a domingo, 14h00-19h00;
Encerra à 2.ª feira e feriados (exceto 1 e 8 de dezembro).
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, através do seu Museu Municipal, apresenta uma importante Exposição dedicada às Cheias de 1967, que tem curadoria de Joaquim Letria, um dos jornalistas que à época esteve presente nos locais da catástrofe. A inauguração teve lugar no dia 30 de novembro, no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira, e contou a presença de dezenas de pessoas.
A Exposição “Cheias de 67” mereceu o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República e pretende contribuir para um melhor conhecimento da realidade política e social da Região naquela época, bem como dos acontecimentos que marcaram para sempre a História do nosso País. Será também uma oportunidade para a Autarquia Vila-franquense prestar a justa homenagem a todas as vítimas desta tragédia, em particular as do Lugar das Quintas, na Castanheira do Ribatejo, Alverca do Ribatejo e Alhandra, localidades do Município de Vila Franca de Xira que foram então particularmente atingidas.
Este é assim o resultado de um trabalho cuidado de investigação documental e de recolha de testemunhos de muitos residentes locais que irão partilhar as suas histórias e dos seus familiares, no contexto daquele que foi o pior desastre natural em Portugal, depois do terramoto de 1755. Associam-se também a este projeto diversas entidades (RTP, Fundação Calouste Gulbenkian, OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, Cruz Vermelha Portuguesa (Arquivo Histórico-Cultural), Agência Portuguesa do Ambiente, Arquivo da Defesa Nacional), através da cedência de vídeos e outros elementos documentais que se constituem como importantes contributos para a preservação da memória relativamente a estas ocorrências históricas.
Esta Exposição, de entrada livre, estará patente até 05 de abril de 2020.
Consulte aqui o Jornal da Exposição.
Sobre as Cheias de 1967
Na noite de 25 para 26 de Novembro de 1967, de Cascais a Alenquer, passando por Oeiras, Lisboa, Odivelas, Loures, Alhandra, Alverca, Vila Franca de Xira e Castanheira do Ribatejo, a chuva chegou a atingir os 170 litros por metro quadrado. Em toda a região da Grande Lisboa, a média ultrapassou os 100 litros. Foram cheias rápidas: o Tejo e os afluentes subiram três a quatro metros em poucas horas.
Morreram centenas de pessoas — o Estado Novo falou em 462 mortos, os jornalistas Pedro Alvim, Joaquim Letria e Fernando Assis Pacheco contaram perto de 700.
O Estado foi incapaz de dar o apoio adequado às vítimas. Ocorreu então uma mobilização da sociedade civil, nomeadamente de estudantes e de associações católicas. Recorda Mariano Gago: "... com as cheias de 1967 e com a participação na movimentação dos estudantes de Lisboa no apoio às populações (morreram centenas de pessoas na área de Lisboa e isso era proibido dizer-se). Só as Associações de Estudantes e a Juventude Universitária Católica é que estavam no terreno a ajudar as pessoas a tirar a lama, a salvar-lhes os pertences, juntamente com alguns raros corpos de bombeiros e militares. Talvez isso, tenha sido um dos primeiros momentos de mobilização política da minha geração." (Fonte: Wikipédia)
Contactos
Celeiro da Patriarcal, Vila Franca de Xira
Rua Luís de Camões, n.º 130 | Vila Franca de Xira
GPS: 38º 57’ 12.55” N, 08º 59’ 22.40” W
Telefone: 263 280 350
E-mail: museumunicipal@cm-vfxira.pt
Fonte: https://www.cm-vfxira.pt/pages/864?event_id=11133