Subitamente no verão passado inscreve-se no extravagante imaginário sulista dos Estados Unidos da América, mas é universal: o conceito de verdade como fenómeno mutável, indeterminado, sujeito a uma multiplicidade de versões – também na ténue relação entre realidade e ficção – é um dos temas fulcrais da peça. Sebastian, personagem central mas sem presença física (toda a peça se desenrola à volta do seu desaparecimento), é descrito pela mãe, a Sra. Venable, como um poeta luminoso, eternamente jovem, casto, sensível, torturado pela revelação de Deus nas manifestações cruéis, selvagens e implacáveis da natureza. Sebastian morre em circunstâncias misteriosas, em Espanha, acompanhado pela sua prima Catharine, que com ele viajou pela primeira vez. É ela a única testemunha da sua morte e a sua versão da verdade poderá mudar tudo.
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