Building 101 : VIDRO "os 100 anos da Bauhaus celebram-se nas oficinas" Data: 17 NOV 2019, 15h00 Local: VICARTE - Vidro e Cerâmica para as Artes (FCT/NOVA, Caparica) »»»» Transporte disponível a partir da Estação de Sta. Apolónia «««« A partida terá lugar às 14:30. O regresso a Lisboa está previsto para as 18:30. Recomendamos a presença no local de partida 15 minutos antes da hora marcada. Entrada livre, mediante inscrição prévia. Lotação máx. de 30 pessoas por sessão. Inscrições em www.building101.pt ou através do e-mail building101.tal@gmail.com Convidados: • Robert Wiley, artista e investigador • Margarida Alves, artista e engenheira • Pedro Campos Costa, arquitecto e docente • Fernando Quintas, artista e docente • Francisco Laranjo, artista e docente Moderadora: • Ariana Marques da Silva, arquitecta > O debate decorrerá em Português. > Programa sujeito a alteração, sem aviso prévio. "Fluido e etéreo, o vidro pode assumir qualquer forma. Ainda que tecnicamente desafiante, a transformação do vidro permite a maior das plasticidades. Pode ser moldado, soprado, cofrado, chapeado. Pode adquirir a forma de objecto, escultura, vidrado, vitral, envidraçado ou mesmo tijolo. Frágil mas ao mesmo tempo resiliente, é largamente utilizado nos campos da arquitectura, arte, engenharia, ciência ou tecnologia. Durável e infinitamente reciclável, como uma Fénix, o vidro pode renascer das cinzas uma e outra vez. Discreto ou exuberante pode assumir qualquer cor ou nível de opacidade. Translúcido, é capaz de metamorfosear a luz, colorindo-a e/ou distorcendo-a em espaços cénicos de múltiplas camadas e atmosferas caleidoscópicas que desafiam apriorismos perceptivos e de uso. Pode ainda ser transparente ao ponto da invisibilidade ou até espelhar o que está à sua volta, ora para amplificar o espaço, ora para fazer desaparecer o seu suporte. Pode expor ao mesmo tempo que protege, diluindo limites, físicos e íntimos. Expressão de leveza, abertura, pureza e salubridade, historicamente o vidro foi sendo adoptado como símbolo material de uma nova estética, catalizadora de uma nova ordem moral e de uma sociedade renovada, justa e igualitária. No século XX regista-se então, grande experimentação do uso do vidro não só em Arquitectura mas também nos campos das artes plásticas e do design industrial. Da reinvenção da arte do vitral nas oficinas da Bauhaus e da concepção da cortina de vidro pelo mestre Walter Gropius, ao democratizar da produção artística do vidro em atelier com o Studio Glass, as potencialidades do vidro têm se manifestado em múltiplas vertentes estéticas e de uso. Quais as potencialidades plásticas do vidro? Que materializações assume no campo da Arquitectura, além da imediatez do uso da sua potencial transparência? Extensivamente usado na (re)construção do espaço físico contemporâneo, a vulgarização da estética da transparência encontra o seu expoente máximo nos novos centros econômicos e tecnológicos, populados por gigantes de vidro apenas habitáveis porque suportados por meios de controlo climático mecânicos. Estará a Arquitectura a perder o carácter de refúgio? Terá a ‘caverna’, como espaço primordial para a intimidade, sido transformada em ‘montra’? Do Palácio de Cristal (1851) de Joseph Paxton, símbolo da revolução industrial na produção do vidro, ao vidro estrutural das colaborações contemporâneas de Foster & Partners e Eckerseley O’Callaghan para a Apple, a transformação e o uso do vidro têm experimentado grandes inovações, como o vidro dinâmico ou o vidro luminescente, mas também uma ampla aplicação. Serão estes avanços tecnológicos capazes de, por si só, mitigar os efeitos do seu uso, não raras vezes, sobredimensionado e desmesurado no sector da construção contemporânea? Ou devemos antes, como há cem anos atrás, romper com a norma vigente e procurar uma nova estética e um novo modus-operandi?" O programa Building 101 é um Projecto Associado à Trienal de Arquitectura de Lisboa 2019. Equipa: Joana Varajão (Direcção Geral), Ariana Marques da Silva e Sara Neves (Direcção Adjunta), Inês Farinha (Design Gráfico | Web), Maria João Barcelos (Design Gráfico | Print) Com o Apoio de: Modelstone - Mármores e Granitos; Hotel 1908 Lisboa; CP – Comboios de Portugal; Câmara Municipal de Cascais; Câmara Municipal de Sintra; Câmara Municipal de Almada; Câmara Municipal de Lisboa