“O que pode a arte?” é um ciclo de conversas sobre a importância da arte nas nossas vidas. Acontece uma vez por mês na Arquivo. Convidamos pessoas que admiramos, personalidades ligadas à cultura, para falarmos sobre a importância da arte no mundo e no nosso dia a a dia, como forma de evasão, diversão, subsistência, luta, como retrato, como intervenção, como (auto-)conhecimento. A arte escrita, a arte pintura, a arte música, a arte cinema, a arte arquitectura, a arte da leitura, a arte de rua... O terceiro encontro de “O que pode a arte?” acontece no dia 18 de Outubro com Frei Bento Domigues. "A arte existe porque a vida não basta". Assim Ferreira Gullar explicava a importância de toda e qualquer expressão artística para a humanidade. Esperamos que gostem e que se interroguem sobre a importância da arte nas vossas vidas a partir da interpelação que é feita nas conversas - A arte abre espaço para outra coisa, outras alternativas de representar o mundo? - Será a arte uma forma de esquecimento ou nascimento? - Será a arte um antídoto contra o fechamento do mundo? Frei Bento Domingues, nascido em Travassos (Terras de Bouro) em 1934, Basílio de Jesus Gonçalves Domingues tomou, em 1953, o nome de Bento, quando entrou para a Ordem dos Pregadores (O.P.), ou frades dominicanos. Estudou Filosofia em Fátima e Teologia em Salamanca, Toulouse e Roma. O modo como exerceu o cargo de assistente da Juventude da Igreja de Cristo Rei no Porto (1962-63) forçou-o ao exílio. Em 1965, voltou a Portugal para lecionar em Fátima, Lisboa e Porto, em escolas católicas e laicas. Nos anos finais do regime ditatorial participou na Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. A partir da década de 1980, lecionou também em Angola, no Peru, Chile e Colômbia. Entre 1998 e 2001, dirigiu a organização do Curso de Ciência das Religiões, na Universidade Lusófona. Publicou quatro livros: A Humanidade de Deus, A Igreja e a Liberdade, As Religiões e a Cultura da Paz (dois volumes), A Religião dos Portugueses.