Barricades improvisées (Barricadas improvisadas) tem como base uma imagem que foi considerada um símbolo de resistência face à brutalidade do poder: a do jovem solitário e desarmado que fez parar uma fileira de tanques de guerra durante os confrontos na Praça de Tiananmen, em Pequim (China), em junho de 1989. Na recriação da cena o artista assume o papel do herói anónimo que, agora, defronta serenamente uma fileira de carrinhos de supermercado vazios. A situação de impasse, cuidadosamente coreografada, constitui uma metáfora do poder que a sociedade de consumo e os ditames da economia assumem na vida dos cidadãos comuns.
A fotografia e o vídeo são os meios mais utilizados por João Tabarra (Lisboa, 1966), cujo percurso artístico foi influenciado pela sua experiência profissional como repórter fotográfico, na década de 1990. Situando-se na fronteira entre o imaginário e o real, a sua obra remete permanentemente para referências da cultura contemporânea (literatura, cinema, música, televisão), através das quais é elaborado um discurso critico sobre as tensões entre o sujeito e os modelos sociais e económicos pós-capitalistas.
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