Não às Minas! Não à destruição! Não à contaminação! Chegou a hora de sair para a rua. É urgente parar a calamidade que está prestes a destruir o nosso país, as nossas terras, as nossas serras, as nossas águas, a nossa vida. 20% do nosso território está abrangido por pedidos de prospecção, pesquisa e possível extracção futura dentro dessa área, deixando populações inteiras vulneráveis à destruição ambiental, onde se abrirão crateras com 800 metros de largura por 350 metros de profundidade, a céu aberto. - A exploração de lítio e outros minerais coloca em risco a saúde das populações. As poeiras provocadas pelo desbaste podem provocar silicose, cancro do pulmão e várias doenças do foro respiratório, até vários quilómetros de distância. - A exploração de lítio e outros minerais consome grandes quantidades de água potável por dia, além do risco de contaminação de rios, ribeiras e reservas de água usadas na agricultura, na rede de abastecimento e o lençol freático será contaminado, colocando em risco a saúde pública a muitos quilómetros das explorações. - A exploração de lítio e outros minerais coloca em risco a biodiversidade. Estão em causa explorações em áreas protegidas Reserva Agrícola Mundial (FAO), Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés, Património Mundial da UNESCO, Rede Natura 2000, zonas limítrofes do único Parque Nacional (Peneda Gerês), no futuro Geopark Estrela e em vários Parques Naturais. - A exploração de lítio e outros minerais coloca em risco o património histórico, cultural e natural. Há áreas que correspondem à existência de património de interesse cultural, arqueológico, histórico, arquitectónico, paisagístico, artístico, património privado e o seu risco de expropriação. Sob o lema da transição energética e da tão anunciada descarbonização, não é de todo justificável que se destruam as águas, as serras e os ecossistemas. Tendo em conta que a viabilidade do modelo económico associado à mineração prevista é altamente questionável, não nos são dadas garantias de que irão existir soluções para os impactes gerados. As empresas de mineração correrão riscos de falir ou abandonar o nosso território, deixando um tremendo e irrecuperável passivo ambiental. Não aceitamos que o nosso território tenha sido alvo de campanhas de marketing no exterior, sem o nosso conhecimento, nem que os contratos tenham sido trabalhados à revelia das próprias populações. Estaremos no Largo do Rossio, no dia 21 de Setembro, pelas 13h30 e marcharemos até ao Largo Camões, dando voz à nossa causa. Unidos resistiremos. Pelos nossos direitos, junta-te a nós! Organização: Grupo Lisboa Contra as Minas; Movimento contra a exploração de recursos Minerais no concelho de Montalegre; Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso; SOS Serra D`Arga e Viana do Castelo; AMONDE - LÍTIO Não; Não à mina, Sim à vida; Movimento ContraMineração Beira Serra; Petição Pela Preservação da Serra da Argemela/contra a Extracção Mineira; Movimento de defesa do ambiente e Património do Alto Minho; COREMA - Associação para a Defesa do Património; Teia da Terra; SOS - Serra da Cabreira - BASTÕES ao ALTO; Movimento de cidadãos por uma Estrela Viva; Movimento SOS Terras do Cávado; Guardiões da Serra da Estrela, Montalegre Com Vida - Associação de Defesa Ambiental. Apoios: Eco Roots; Kausa Animal; Somos Natureza - Movimento pelos Direitos da Natureza; Colectivo Metamorfilia; Plataforma em Defesa das Árvores; Extinction Rebellion Portugal; Quinta dos 7 Nomes; Livraria Mais; Em Defesa da Reserva Agrícola Nacional; O Mundo Verde.