Arte é transcendência e imanência. Das suas formas exala a fruição apolínea, a contemplação, talvez o consolo do Belo. Para lá destas, fora dos limites físicos da sua materialidade, no processo noético anterior à substância e à palavra, lateja a incontenção dionisíaca, talvez o eco do medo primordial.
Dom humano por excelência este que vê por dentro das coisas o que elas não mostram por fora, razão e emoção dialogam num silêncio do qual há-de emergir ainda mais silêncio e, deste, um inconsciente individual, cidadela do tempo de cada um.
Assim procede também a Ciência quando longe da inibição dos métodos: a intuição do inimaginável onde os processos só veem o possível.
Dados, objetos, visões e instrumentos não chegam para chegar tão longe. É preciso mais. É preciso imaginação, ousadia e, sobretudo, rebelião. Ver não é o que se vê mas o que se pensa e não se vê.
Pedro Abrunhosa
Oradores:
Luis Portela
Joana Vasconcelos
Moderador:
Vitor Gonçalves
Acesso: €5 (50% desconto para Estudantes, >65 e Amigos de Serralves)
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