Dia Internacional da Mulher marcado em Lisboa através do lançamento do volume "Uma questão de honra. Jovem por um dia" de Elena Dumitrescu-Nentwig

A Embaixada da Roménia na República Portuguesa e o Instituto Cultural Romeno em Lisboa organizam, no dia 7 de março de 2019, às 19h00, na sede do ICRL (Rua de Barão, 10), um evento especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher, durante o qual será lançado o volume de teatro em romeno "Uma questão de honra. Jovem por um dia" de Elena Dumitrescu-Nentwig, publicado pela Editora "Istros" do Museu de Braila "Carol I", em 2018. A autora radicou-se em Portugal há mais de uma década e distinguiu-se como uma das personalidades culturais mais proeminentes da comunidade romena em Portugal. No âmbito do evento, a autora Elena Dumitrescu-Nentwig e Daniel Nicolescu, diretor do Instituto Cultural Romeno, farão a leitura de alguns fragmentos da peça "Uma questão de honra", que será seguida de uma conversa com o público presente.

A soprano Elena Dumitrescu-Nentwig nasceu em Braila e formou-se pelo Conservatório "Ciprian Porumbescu" de Bucareste. Estreou-se como solista na Ópera de Iaşi (Roménia), onde se destacou desde as primeiras aparições no palco. O reconhecimento internacional foi alcançado na década de 70, após a sua partida para o exílio. Atuou em grandes palcos do mundo, na Alemanha, França, Itália, Áustria, Holanda, República Checa, Polónia e Israel, na companhia dos maiores solistas líricos do mundo. Nos últimos anos, escreveu contos, romances, peças de teatro e poemas, em romeno e alemão, com muitos ecos favoráveis entre os leitores e a imprensa de especialidade. Depois de se ter afirmado enquanto romancista, Elena Dumitrescu Nentwig lançou-se na dramaturgia, publicando duas peças de teatro em romeno: "Uma questão de honra" e "Jovem por um dia", inspiradas em acontecimentos do meio social alemão. A primeira - uma tragédia - ataca o problema do poder da tradição no seio de uma comunidade de minoria turca, enquanto a segunda - uma tragicomédia – apresenta personagens autóctones, alemãs, que interagem com emigrantes do Leste.

"Estou a movimentar-me dentro das culturas da Europa. A Europa é o nosso lar, Deus não criou fronteiras e não nos separou, portanto é o nosso dever lutar contra tudo o que é totalitário porque qualquer forma de totalitarismo é um impedimento para o livre desenvolvimento do espírito. Este volume é um apelo à tolerância, ao respeito mútuo", confessou a autora.