Com uma carreira iniciada em 2000 e nove discos editados até 2014 (entre os quais uma gravação ao vivo no Olympia de Paris), a fadista Katia Guerreiro experimentou ao décimo disco trabalhar com o cantor, compositor e arranjador José Mário Branco, que até agora, no âmbito do fado, trabalhara quase em exclusivo com Camané. Foi um encontro improvável entre uma voz (a dela) e um método (o dele), que acabou por resultar em Sempre, um disco digno de boa nota que, na discografia de Katia, sucedeu a Até Ao Fim, produzido por Tiago Bettencourt. Fruto de “muitas conversas, muitas horas de trabalho, muitas discussões”, a primeira escolheu reuniu 33 temas, acabando por ficar 16, com um prólogo e um epílogo (A minha vida é) a fecharem um lote de fados apurados ao pormenor, como Quem diria, Fora de cena, Distante, Aqui, Dia não, Fado Pessoa, Na volta ou Sempre, o tema-título. Katia vai apresentar Sempre ao vivo no CCB, no dia 15, mas antes estará no Auditório do PÚBLICO, dia 12, para cantar e falar do seu trabalho com o jornalista Nuno Pacheco.