Dizemos nós, Vinde ao Povo, ouvir poesia em voz alta. Lançamento do sexto volume da série "Dizem os Poetas": Natália Correia & Ary dos Santos. Com: Filipe Furtado, José Manuel dos Santos, Jore Vaz Gomes e Teresa Canto Noronha. Música de Nuno Faria (contrabaixo). 29 de Outubro às 22h no Povo Lisboa (Cais do Sodré) Uma parceria Poetas do Povo e Valentim de Carvalho. ~~ Natália Correia & Ary dos Santos juntam-se na sexta edição da série “Dizem os Poetas”, e oferecem-nos, entre uma memorável selecta poética, o inédito “Funerais Nacionais” de Ary. Este é um encontro poético a todos os títulos livre, irreverente, provocador e tudo!, o mais que roubamos a Baptista-Bastos, ele que esteve lá, quando tudo acontecia. Diz-nos de Natália, “Tem sido um pouco esquecida. A decência e a coragem política e ética pagam-se caro. Mas a obra e a vida dela justificam-na e dignificam-na e a nós. (…) E muitos dos seus poemas fazem parte da selecta mais rigorosa da lírica portuguesa. A Natália Correia era belíssima, truculenta, libertária, capaz de enfrentar fosse o que fosse e quem fosse. Dizia, na cara das pessoas o que delas pensava, sobretudo se o acto envolvesse canalhice, falta de carácter e vileza. (…) Sarcasta imparável, detentora de um talento múltiplo e absolutamente imprevisível (…)” Diz-nos de Ary, “Um ser tonitruante, narcísico, venenoso como uma cascavel, generoso, atento, cordial e afectuoso como o último dos cavalheiros. E um trabalhador infatigável. O Ary dos Santos possuía a moral proletária do trabalho; e a marca da sua aristocracia provinha, directamente, da grandeza de alma e da displicência com que esbanjava um talento tão magnífico como sumptuoso. Grande bebedor, grande pecador, grande blasfemo, grande destruidor de mitos e de aldrabices.”