09:30 até às 19:00
Citemor 2018 | Loops.Lisboa

Citemor 2018 | Loops.Lisboa

LOOPS.LISBOA
Qui 2 até Sáb 11 Ago // Museu Municipal Santos Rocha, Figueira da Foz
Ter a Sex 9:30 - 18:00 // Sáb e Dom 14:00 - 19:00

Mais informações em www.citemor.com

Representante da linha de programação competitiva do Temps d’ Images Lisboa, e parte integrante da efetiva diversidade de olhares proporcionada por este festival de artes visuais e performativas, o Loops.Lisboa apresenta este ano três abordagens completamente distintas para a infinitude de significados que rodeiam o loop. Será este Uma filosofia? Uma crença? Um fluxo interior / exterior, composto por peças singulares / múltiplas? Ou simplesmente uma ferramenta de linguagem?
As três propostas selecionadas, de entre as 236 submissões enviadas por artistas portugueses ou residentes em Portugal, apresentam caminhos singulares - porém unificados por um fio invisível, que percorre os caminhos de cada obra. “The Falls”, de Nuno Cera, sugere uma interpretação da paisagem para estabelecer um loop interior; “2017 personaloop_01”, de Tomaz Hipólito, traz uma performance encenada e editada para recriar a formalidade do loop em espaço real e virtual; e “Delphine Aprisionada”, de Ricardo Pinto de Magalhães, monta um video-essay tridimensional, enquanto distribuído por camadas de interpretação e de narrativas literalmente simultâneas.
Os protagonistas, ou os objetos a serviço das obras interseccionadas por esta ideia invisível, são também distintos. Podem eles ser a natureza monolítica e a sua relação com a forma; o artista a interpretar a si próprio, e a recortar-se dentro do loop que criou para si; e a emblemática atriz (e antecessora nas questões de gênero e seus papeis) Delphine Seyrig, paradoxalmente a lutar contra um aprisionamento.
Os trabalhos expostos no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC) — que o Citemor volta a apresentar, agora no Museu Municipal Santos Rocha — foram seleccionados por um júri composto por Irit Batsry, Alisson Avila e António Câmara Manuel.
Alisson Avila e Irit Batsry

O júri de premiação, constituído por Emília Tavares, Conservadora e Curadora para a área da Fotografia e Novos Media no MNAC; Jesse James, Diretor do Festival Walk & Talk Açores e Jorge La Ferla, Curador e Professor da Universidade de Buenos Aires, declarou vencedor "Delphine Aprisionada" de Ricardo Pinto de Magalhães.


DELPHINE APRISIONADA // RICARDO PINTO DE MAGALHÃES
Não consigo deixar de pensar que Delphine Seyrig estava constantemente aprisionada nos seus filmes, em perpétuo cativeiro. Presa no tempo, espaço, memória, rotina, a certos lugares e muitos outros tipos de prisão. Este filme experimental/ ensaio áudio-visual tenta provar isso, sendo que, ao mesmo tempo, aprisiona ainda mais, talvez para sempre, neste filme, que também pode funcionar como um loop.

THE FALLS // NUNO CERA
The Falls é um vídeo inédito que explora a passagem do tempo e a ilusão das cataratas. Dividido em três momentos, um exterior (vista da massa de água) e dois interior (dentro da parede da catarata), numa progressão de planos e de velocidades atinge-se a unidade da gota de água. Do macro para o micro, num ciclo continuo de tempo, de deslocação e de escalas.
The Falls como peça simbólica, como fluxo de energia e de vida, do organizado para o caótico. As características pictóricas do movimento, da filmagem em slow motion e da cor, reforçam o estimulo retiniano e formal do vídeo. O formato vertical reafirma a força da gravidade e da sua energia que tudo atrai.
The Falls sem principio nem fim.

2017 PERSONALOOP_01 // TOMAZ HIPÓLITO
Em 2017 personaloop_01 Tomaz Hipólito propõe um novo olhar sobre o loop questionando o seu conceito e noção de repetição. Neste vídeo, é possível alcançar um conjunto de possibilidades infinitas.
A série persona é recorrente no trabalho de Tomaz Hipólito e a relação do corpo do próprio artista com um espaço confere uma escala relacional ao mesmo. Esta estrutura de mapeamento é produzida através da constituição
de um léxico de gestos que, através do uniforme impessoal negro o despersonaliza.
Para Tomaz Hipólito o ponto de partida do trabalho é o espaço e a experiência que o revela. Assim, num sistema loop - e dentro do qual são inseridas variações loop - a repetição existe, mas a experiência é diferente em cada um dos momentos.
Nesta proposta é possível observar esta contínua pesquisa sobre o mapeamento do gesto. Se o espaço apenas existe quando ocupado, e que é o gesto que confere realidade ao espaço, neste exercício a experiência real é colocada em comparação com a experiência virtual.
É um trabalho de uma série que desafia as definições da experiência de um espaço e da sua percepção. Em suma, um exercício limite.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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