En todas as Mans 100’, Trespés Coop. Galega. (2015) «A terra não nos pertence, nós pertencemos à terra» “En Galicia a natureza está nas mans da veciñanza, así todas as galegas pertencen e son parte do monte que habitan. Dicir monte en Galicia é falar de case o 70% do territorio. Gran parte desta superficie está baixo titularidade comunitaria, é dicir, son os propios veciños quen o xestionan libremente.Esta forma de titularidade asenta as súas raíces nunha concepción colectiva do territorio, e forma parte do patrimonio cultural galego. En todas as mans achégase a esta realidade para sacar á luz algunhas das intervencións máis valentes no noso monte. A través de persoas que loitan por mellorar a súa contorna e concienciar a unha maioría que descoñece o poder que está nas súas mans. O documental buscará mostrar o poder do veciñal para manter con vida a natureza que tanto nos identifica.” Em Portugal, falamos de baldios. São terrenos de uso comum por comunidades locais. Eram terrenos incultos, quer dizer não cultivados, mas que serviam múltiplas funções: recolha de lenha, mato, saibro, pasto, cultivo de cereais. Em 66-68, a ditadura salazarenta lembrou-se destes terrenos e para “combater” a sua improdutividade iniciou um plano de florestação. Mas isto modificou profundamente o território e por consequência os seus usos. Em 74, deu-se a devolução dos baldios às comunidades locais, com a Lei dos Baldios. Hoje em dia, há cerca de meio milhão de hectares (5% do território nacional), 1441 unidades de baldio, 999 das quais submetidas ao regime florestal. Em 1938, existiam 7638 unidades de baldio. Para além da perda, como se organizam as pessoas para gerir os baldios, quem participa? De que conhecimentos necessitam? Como utilizam os rendimentos que obtêm? Que usos se preservam e que novos usos fazem sentido? Como laboratório ancestral de autonomia, há muito para aprender e refletir com a história dos baldios e com os problemas que hoje enfrentam.