A exposição “Northern Corrida e projectos seleccionados entre 2010-2017, por Tatiana Plotnikova”, estará patente no Museu da Imagem entre os dias 20 de Abril e 03 de Junho de 2018.
As imagens que a fotógrafa russa Tatiana Plotnikova trará ao Museu centram-se sobre diferentes universos do seu país natal. Aborda o quotidiano dos criadores de renas e caçadores do Extremo Norte, da Península de Yamal e de Kolyma; retrata os budistas de templos remotos e regista para a posteridade o fugaz povo Mari, os pagãos do Volga.
As pessoas retratadas por Tatiana Plotnikova vivem na Terra. Eles conhecem o segredo da convencionalidade do tempo.
Com base num conhecimento colectivo que se formou nos últimos três ou quatro séculos da nossa civilização, nós - cidadãos das megalópolis e espectadores das fotografias de Plotnikova - geralmente assumimos que o tempo é linear, a memória refere-se ao que aconteceu antes de um momento no presente, e o futuro ainda não existe.
Plotnikova é atraída pelas gentes e povos que sabem viver dentro dos grandes ciclos naturais, quando a memória do passado significa o conhecimento do futuro e o tempo se enrola e emaranha como um fio ou uma cobra e se relaciona com o passado e o presente, o futuro e o presente, ou o passado e o futuro simultaneamente.
Tatiana atravessa as colinas e alcança (alguns dos lugares que ela visita realmente exigem várias horas de voo confortável e um percurso desconfortável para chegar lá) aqueles para quem a vida é um acto de preservar a memória, o lugar onde moram e a lembrança deste lugar. Ela cria as suas fotografias através da entrevista e às vezes, creio, sem pronunciar uma palavra, por meio de olhares e silêncios de pensamentos comuns; ela conhece as pessoas para quem o mundo sempre foi e será vivaz
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