Corpo Clandestino - Victor Hugo Pontes
Corpo Clandestino é um lugar de fala de sete intérpretes. Os corpos de Ana Afonso, Andreia, Gaya, Joãozinho, Mafalda, Paulo e Valter são veículos de identidade: produzem imagens que não se esquecem, dizem-nos coisas que talvez não pensássemos escutar. O molde destes corpos é raro, insuscetível de categorização, com frequência remetido a uma invisibilidade que reconforta quem (não) vê e desestabiliza quem (não) é visto. Este lugar de conforto fica aqui deliberadamente vazio. Corpo Clandestino constitui um exercício de deslocamento e recomposição: coloca-se em cena o que habitualmente não é de cena; ajusta-se a atenção; encaixam-se peças físicas singulares. Em palco estão intérpretes cujos corpos não-normativos lançam o espectador, sem rede, numa paisagem poucas vezes vislumbrada – a de um corpo de baile configurado por oposição a classicismos e ideais. Em palco está afinal um só corpo, formado por sete peças verdadeiramente únicas. Esta criação de Victor Hugo Pontes repensa a normatividade dos corpos vigente até ao século XXI, propondo um caminho de comunicabilidade e partilha, alternativo a perspetivas reducionistas, padronizadas e inúteis. A partir do momento em que o ponto de vista do espectador passa a ser coincidente com o ponto de vista dos intérpretes, torna-se indisputável que todos podemos ocupar e partilhar o mesmo mundo, por mais diferentes que sejam os corpos de cada um.
Direção Artística Victor Hugo Pontes
Cenografia F. Ribeiro
Música Joana Gama e Luís Fernandes
Direção Técnica e Desenho de Luz Wilma Moutinho
Figurinos Cristina Cunha e Victor Hugo Pontes
Interpretação Ana Afonso Lourenço, Andreia Miguel, Gaya de Medeiros, Joãozinho da Costa, Mafalda Ferreira, Paulo Azevedo e Valter Fernandes
Assistente de Direção Ángela Diaz Quintela
Desenho de som Rafael Maia e Kiko Rurelas
Consultoria artística Madalena Alfaia
Direção de Produção Joana Ventura
Produção Executiva Mariana Lourenço
Assistência de Produção Inês Guedes Pereira
Apoio à residência CRL - Central Elétrica, O Espaço do Tempo, Rota Clandestina | Município de Setúbal, Teatro Municipal do Porto . Campo Alegre
Co-produção Nome Próprio, A Oficina/CCVF, Centro de Arte de Ovar, Rota Clandestina | Município de Setúbal, Teatro José Lúcio da Silva, Teatro Municipal do Porto, Théâtre de Liège e Theatro Circo
Agradecimentos Teatro Nacional São João
A Nome Próprio é uma estrutura residente no Teatro Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto e tem o apoio da República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes.
Apoio à divulgação Antena 2
Apoio República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes. RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses
Fonte: https://www.theatrocirco.com/pt/agendaebilheteira/programacultural/1716