A Companhia de Teatro Cenas & Cenas e o grupo Jovens Sem Fronteiras, de Sto. Ovídio, convidam-no a vir assistir à próxima exibição do espectáculo "Banco de Jardim - Qual Prisão?", o qual terá lugar no dia 28 de Abril, às 21h30, no Seminário do Espírio Santo (R. do Pinheiro Manso). Para além do habitual fim socio-caritativo do grupo Cenas & Cenas, as receitas de bilheteira desta apresentação servirão para apoiar a Missão Espiritana em Itoculo (Moçambique), nomeadamente na paróquia de S. José de Itoculo, onde são desenvolvidos vários projectos no âmbito da educação e da saúde, do apoio a estudantes e a crianças desnutridas e da participação na dinamização pastoral diocesana. Os bilhetes (4 Cenas) estão disponíveis junto do grupo Cenas & Cenas e também do grupo Jovens Sem Fronteiras. Pode fazer a sua reserva através de mensagem privada para esta página, ou para o e-mail cia.cenasecenas@gmail.com. SINOPSE Ao longo dos anos tem-se investido na construção e manutenção de diversos espaços pensados para passear ou simplesmente relaxar, e assim, desfrutar de um local aprazível e alternativo ao bulício da cidade. Surgem, igualmente, soluções inovadoras para responder às preocupações de cidadãos com uma nova filosofia de vida que não dispensam os benefícios da prática desportiva. Tudo tão positivo! E ainda bem. Contudo, a pobreza está solta numa prisão ao ar livre como um jardim. Os bancos de jardim não servem apenas para descansar as pernas depois de uma caminhada ou de uma corrida; não servem apenas paras pais e avós ficarem à conversa enquanto filhos e netos brincam com os seus pares; os bancos de jardim são muitas vezes a casa – estranha relação esta! – de muitos cidadãos que vivem na rua, presos aos “erros meus, má Fortuna, Amor ardente”, como cantou Luis Vaz de Camões. Preconceito, solidão, orgulho, doença, medo, timidez, dor, luto, depressão, egoísmo, toxicodependência, dinheiro, raiva, prostituição, desespero, discriminação, alcoolismo, desemprego, indiferença… são as várias prisões que levam as nossas personagens a cruzarem-se num banco de jardim tão comum como outro qualquer. A ironia, a hesitação o tom na voz por vezes frio e cruel são também vestígios dessa pressão. Mas juntos, se resistirmos à indiferença “serão tantos os abraços / que não vão chegar os braços / p’ros abraços”. “E tu? Qual é a tua prisão?”