Concerto \Concert SEXTA-FEIRA FRIDAY 1 DEZ. 21H30-22H30 SAIPOL/HORTAS DE IDANHA - LADOEIRO Estrada Nacional 354 Edifício Saipol, Ladoeiro 6060-263 LADOEIRO CONCERTOS: Entrada livre sujeita à lotação das salas Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30‘ antes do início dos concertos. CONCERTS: Free entry subject to room capacity For safety reasons, the door will be shut as soon as the room is full to capacity. Doors open +-30’ before the concerts start. SCARAMUCCIA Portugal, Espanha \Spain 1717, memórias de uma viagem a Itália. Diário musical da viagem de Pisendel a Florença, Roma, Nápoles e Veneza 1717, memories of a journey to Italy. Pisendel's musical diary of his journey to Florence, Rome, Napels, and Venice Javier Lupiáñez, violino e direcção artística \violin and direction Inés Salinas, violoncelo \violoncello and manager Patrícia Vintém, cravo \harpsichord PT Imagina que terias a oportunidade de encher a tua mala com a melhor música do teu tempo, o que levarias e o que deixarias? Lembra-te que não tens espaço para tudo. Tens que eleger! Foi mais ou menos isso que aconteceu a Pisendel, o concertino da orquestra de Dresda e um dos maiores virtuosos da sua era, na sua viagem a Itália em 1717. Durante cerca de um ano, o jovem Pisendel percorreu Itália para se encontrar com os grandes maestros do seu tempo aproveitando para encher a sua bagagem com as melhores composições que aí encontrou. Uma curiosidade: Viu-se obrigado a usar um tipo de papel pequeno para que ocupasse menos espaço e assim pudesse levar para Dresda a maior quantidade de tesouros musicais. Segundo o grande musicólogo Michael Talbot, a história sobre a viagem de Pisendel por Itália é uma história que merece e ainda tem de ser contada. Uma viagem fascinante que nos deixou um legado de valor incalculável: uma imagem musical sincera, íntima e pessoal da Itália do princípio do século XVIII. Javier Lupiáñez EN Imagine that you had the opportunity to fill your suitcase with the best music of your time, what would you take and what would you leave? Remember you do not have room for everything and you have to choose! More or less that is what happened to Pisendel (the concertmaster of the Dresden orchestra and one of the greatest virtuosos of his era) during his trip to Italy in 1717. For almost one year the young Pisendel toured Italy and met the greatest masters of his time and, throughout his sojourn, he collected the best compositions he could find and filled his suitcase with them. Incidentally, he was forced to use a smaller type of paper to take up less space and be able to bring a larger amount of musical treasures to Dresden. In the words of the great musicologist Michael Talbot, the story of Pisendel's journey through Italy is a story that deserves and has yet to be told. A fascinating journey that has left us a legacy of incalculable value: a sincere, intimate and personal musical image of the early eighteenth-century Italy. Javier Lupiáñez PROGRAMA \PROGRAMME Antonio Lucio Vivaldi Suonata à Solo fatto per Maestro Pisendel Del Vivaldi (Sonata em sol maior, RV 25) Allegro - Grave (por Pisendel) - Allegro Tomaso Albinoni Sonata a Violino solo di me Tomaso Albinoni Composta p il Sig: Pisendel (Sonata em si bemol maior, TalAl So32) Adaggio - Allegro - Adagio - Allegro Francesco Maria Veracini Sonata. Violino solo. Del Sig: Veracini (Sonata em sol maior ajor HilV / I.A.2.D1) Adagio - Presto - [without tempo] - Presto Antonio Montanari Sonata del Sig.r Ant. Montanari (Sonata em mi menor Mus.2767-R-2) Largo - [without tempo] - [without tempo] Giuseppe Valentini La Montanari. Sonata per Camera a Violino solo, Dedicato al merito impareggiabile del Sig:re Antonio Montanari insigne Sonatore di Violino, Da un suo divoto servo ammiratore della sua virtù. (Sonata em lá maior Mus.2387-R-5) Preludio, Adagio - Allemanda, Allegro - Largo - Giga. Vivace affettuoso - Minuè Johann Georg Pisendel/Antonio Montanari Solo Violino e Basso (Sonata em mi maior Mus.2421-R-18) Largo - Allegro ma non tanto - Largo - Allegro assai Notas ao Programa Johann Georg Pisendel foi um dos mais conceituados virtuosos do seu tempo, não foi conhecido somente como compositor e violinista excecional, mas o seu talento e personalidade concederam-lhe a amizade e admiração dos maiores compositores desse período. Amigo de Bach, Vivaldi, Telemann, Albinoni, entre outros, Pisendel recebeu pelas mãos destes compositores páginas e páginas de partituras escritas especialmente para ele Pisendel foi também um colecionador voraz e um copista laborioso. A sua coleção pessoal de partituras está conservada no arquivo conhecido com Schrank II (Armário II), em referência à posição original no arquivo da orquestra de Dresda. Pisendel foi depositando nesta coleção não só as obras que deveriam ter sido tocadas pela orquestra mas também toda aquela música que pessoalmente achava ser valiosa e que tinha recolhido durante as suas viagens. De entre todas as suas viagens, foi a viagem a Itália a que viria a marcar um antes e um depois não só na vida de Pisendel mas também no destino musical de Dresda, um dos mais prolíferos centros musicais da Europa. Desde então, Dresda mudou o seu gosto intenso pela música francesa (implantado pelo concertino, Jean -Baptiste Volumier) por um gosto italiano definido que viria a influenciar gerações de músicos. Foi em 1716 quando o Príncipe Eleitor da Saxónia, mais tarde conhecido como Augusto III da Polônia, começou a sua viagem de ritual por Itália levando consigo uma seleção de músicos da sua orquestra, entre eles Pisendel. Pisendel aproveitou a viagem para receber aulas dos grandes maestros italianos e para saciar a sua curiosidade musical. Quando, em Setembro de 1717, voltou para Dresda a sua bagagem estava repleta de partituras, muitas copiadas por ele mesmo num papel especial, mais pequeno para poupar espaço na viagem, outras eram partituras escritas de punho e letra por maestros como Vivaldi ou Albinoni. Quando olhamos para a bagagem musical que Pisendel trouxe consigo não só vemos uma crônica musical apaixonante mas também o testemunho íntimo e pessoal da sua viagem. Sendo que, e como afirma o musicólogo Michael Talbot, a história da viagem de Pisendel por Itália é uma história que merece e ainda tem de ser contada. A Sonata RV 25 de Antonio Lucio Vivaldi é não só uma obra que demonstra a originalidade e qualidade de um dos maiores compositores do barroco mas também uma prova valiosa do vínculo especial que se criou entre o maestro veneziano e o jovem Pisendel. Foi o próprio Vivaldi quem copiou e dedicou a sonata a Pisendel, e de seu punho e letra a intitulou: “Suonata à Solo fatto p[er] Ma[estr]: Pisendel Del Vivaldi” ( Sonata a solo feita para o maestro Pisendel por Vivaldi). Mas Vivaldi não completou a sonata e deixou espaço para que Pisendel acrescentasse um andamento da sua própria autoria, assim que, entre as notas escritas por Vivaldi encontramos um andamento lento escrito com uma letra diferente, a de Pisendel. Foi durante a sua estadia em Veneza que Pisendel se encontrou com outro grande compositor do momento : Tomaso Albinoni, este também ficou apaixonado pelas habilidades do alemão. Fruto desta admiração encontramos na bagagem de Pisendel três sonatas autografadas de Albinoni. A Sonata em Si bemol maior de Albinoni inclui uma dedicatória especial a Pisendel: “Sonata a Violino solo di me Tomaso Albinoni Composta p il Sig: Pisendel”. Os especiais requisitos técnicos e musicais desta sonata mostram claramente que foi escrita especialmente para o virtuoso Pisendel. A Sonata em mi menor de Antonio Montanari foi copiada provavelmente em Roma quando Pisendel procurava conselhos deste grande violinista e maestro do próprio Vivaldi. Antonio Montanari foi definido como “virtuossisimo sonator di violino” pelo famoso Pier Leone Ghezzi e outro dos grandes compositores da época, Giuseppe Valentini, elogiou o seu “merito impareggiale” confessando ser “Suo diuoto Seruo ammiratore della Sua Virtu” na dedicatória da sua Sonata em lá maior. Francesco Maria Veracini encontrou-se com Pisendel provavelmente em Veneza quando tentava convencer o Eleitor Saxão a ser contratado para orquestra de Dresda. A verdade é ninguém da orquestra queria Veracini e não havia lugar para ele. O certo é que Veracini conseguiu convencer o Eleitor da Saxónia e foi contratado. A personalidade difícil de Veracini e os seus problemas com os membros da orquestra de Dresda acabaram com Veracini a saltar desde um segundo andar em Dresda, deixando-o aleijado para o resto da sua vida. Veracini acusou os elementos da orquestra e os músicos de Dresda culparam a instabilidade de Veracini. Autenticada em 2005 como uma peça de Pisendel, a Sonata em mi maior foi escrita durante a sua viagem por Itália e é o exponente perfeito da personalidade incipiente e do estilo de composição virtuoso de Pisendel. Trata-se de uma peça muito raramente interpretada, por uma parte pela recente atribuição de paternidade a Pisendel, e por outra parte pela dificuldade que acarreta ler o manuscrito que contém uma grande quantidade de anotações e correções. Porém estas correções acrescentam interesse à peça uma vez que estudos recentes indicam que estas terão sido feitas por Antonio Montanari, fazendo da composição um perfeito expoente musical das experiências de Pisendel em Itália. Javier Lupiáñez Programme Notes Johann Georg Pisendel was one of the most renowned virtuosos of his time, he was not only known as an outstanding composer and violinist, but his talent and personality earned him the friendship and admiration of the greatest composers of his time. Friend of Bach, Vivaldi, Telemann, Albinoni, and many others, Pisendel received from the hands of these composers pages and pages of scores written specially for him. Pisendel was also an avid collector and a laborious copyist. His personal collection of scores is kept in the archive known as Schrank II (Cabinet II) in reference to its original position in the archive of the Dresden Orchestra. Since 1717, Pisendel filled this collection not only with the scores that were played in the orchestra but also with all the music that he personally considered as the most valuable and that he had gathered on his travels. Out of all these trips, his journey to Italy was a milestone that would mark a before and after not only in his life but in the musical fate of all Dresden, one of the most influential musical centers of Europe. Since then, Dresden changed its strong French musical taste (implanted by former concertmaster, Jean-Baptiste Volumier) for a distinctly Italian taste that would influence generations of musicians. Pisendel was already part of the Dresden Orchestra in 1712. It was in 1716 when Prince Elector of Saxony, later known as Augustus III of Poland, began his ritual training trip to Italy, bringing with him a selection of musicians from his orchestra, Pisendel among them. Pisendel used this trip to take lessons from the greatest Italian masters and to satisfy his musical curiosity. When he returned to Dresden in September 1717, his luggage was packed with scores, many copied by himself in a special, smaller paper that saved room for the trip, other scores were written by masters themselves such as Vivaldi and Albinoni. After that journey Dresden was never the same, the Italian taste seized composers like Graun and Quantz and the binomial Dresden-Vivaldi became inseparable, making Dresden one of the largest archives of Vivaldi’s music in the world, surpassed only by Turin’s one. When we look at the musical baggage that Pisendel brought with him we not only see an exciting musical chronicle, but also the personal and intimate testimony of his trip. In words of the famous musicologist Michael Talbot, the story of the journey of Pisendel to Italy is a story that deserves and has yet to be told. The Sonata RV 25 by Antonio Lucio Vivaldi is not only a work that demonstrates the originality and quality of one of the greatest composers of the Baroque, but is also a valuable evidence of the special bond that was created between the Venetian master and the young Pisendel. It was Vivaldi himself who copied and dedicated the sonata to Pisendel, in his own handwriting he titled: “Suonata à Solo fatto p[er] Ma[estr]: Pisendel Del Vivaldi” (Sonata made for the master Pisendel by Vivaldi). But Vivaldi did not complete the sonata and left room for Pisendel to add a movement of his own creation. Thereby, we find, between the notes written by Vivaldi, a slow movement written in a different hand, that of Pisendel. The musical piece is a perfect example of the close relationship that was created between the two virtuosos. It was during his stay in Venice when Pisendel met another of the great composers of the moment: Tomaso Albinoni, who was also captivated by the German’s skills. As result of this admiration we found in Pisendel’s luggage three autographed Albinoni Sonatas. The Sonata in B flat Major includes a special dedication to Pisendel: “Sonata a Violino solo di me Tomaso Albinoni Composta p il Sig: Pisendel”. The special technical and musical requirements of the Sonata clearly show that it was written especially for the virtuouso Pisendel. The Sonata in E minor by Antonio Montanari was copied probably in Rome when Pisendel sought the advice of this great violinist and teacher of Vivaldi himself. Antonio Montanari was defined as “virtuossisimo sonator di violino” by the famous Pier Leone Ghezzi and one of the great composers of the time, Giuseppe Valentini, praised his “merito impareggiale” and confessed to being “Suo diuoto Seruo ammiratore della Sua Virtu” as shown in Valentini’s Sonata in A Major. Authenticated in 2005 as a piece by Pisendel, the Sonata in E major was written during his journey through Italy and is a perfect exponent of the personal and virtuoso compositional Pisendel’s style. It is very rarely performed, due to the relative novelty of the pisendelian paternity of the piece, and also because of the difficulty of reading the manuscript, which contains lots of annotations and corrections. However these corrections add interest to the piece as recent studies suggest that they were made by Antonio Montanari, making the composition a perfect example of musical experiences of Pisendel in Italy. Javier Lupiáñez BIOS PT O ensemble Scaramuccia nasce em 2013 por iniciativa do violinista Javier Lupiáñez com a ambição de redescobrir o repertório barroco menos conhecido. O espírito de Scaramuccia deseja dar vida a todo esse repertório que se ouvia não só nos lugares mais requintados, mas também em tavernas e nas ruas do período barroco. Na preparação de cada programa e concerto é feita uma pesquisa e estudo aprofundado afim de redescobrir aquelas relíquias musicais escondidas e perdidas entre a vasta literatura musical do barroco maioritariamente interpretada. Scaramuccia iniciou o seu trajeto no Fringe do Festival de Utrecht em 2013 e no Fringe do Festival de Bruges em 2013 e desde então tem vindo a desenvolver uma intensa carreira nos Países Baixos, Bélgica, Reino Unido, Itália e Portugal. Entre as várias apresentações em concerto de Scaramuccia é de salientar a participação no Festival de Artes de Maldon (Reino Unido), no Museu da Música “Vleeshuis” (BE), na temporada de concertos Kasteelconcerten (NL) e Festival Echi Lontani (IT). O interesse em descobrir novo repertório barroco proporcionou a Scaramuccia tocar estreias mundiais de duas obras de Vivaldi numa emissão em direto no programa de rádio De Musyck Kamer, transmitido pela rádio holandesa Concertzender em 2014. Em Novembro de 2015 Scaramuccia gravou o seu primeiro CD com a discográfica Ayros, dedicando-o à nova música de Vivaldi e obras recentemente descobertas para violino e baixo continuo. Este novo álbum será lançado na Primavera de 2016. Em 2016 Scaramuccia foi unanimemente elegido pelo público como o melhor ensemble do concurso internacional Göttinger Reihe Historischer Musik 2015/2016 (Alemanha). Javier Lupiáñez, violino e diretor artístico Francisco Javier Lupiáñez Ruiz inicia os seus estudos musicais na sua cidade natal, Melilla (Espanha), onde recebe diversos prémios de interpretação e composição. Depois de muito estudar consegue uma grande coleção de diplomas e graduações: violino moderno no Conservatório Superior de Salamanca com Patrício Gutiérrez; Mestrado em Musicologia pela Universidade de Salamanca; graduado como professor de educação musical pela Universidade de Granada e Licenciatura e Mestrado em violino barroco com Enrico Gatti no Conservatório Real de Haia. Terminou o seu Mestrado com “distinção” com Enrico Gatti no Conservatório Real de Haia por ter descoberto novas obras de Vivaldi. O resultado da sua pesquisa foi incluído no RISM. Apresenta-se regularmente como solista/líder em diferentes grupos e orquestras como Orquestra Barroca de Salamanca, Academia Barroca Europeia de Ambronay, Academia Montis Regalis, entre outras. Orgulha-se de ter partilhado o palco com artistas como Frans Brüggen, Sigiswald Kuijken, Amandine Beyer, Olivia Centurioni, Enrico Onofri, Enrico Gatti, Peter Van Heyghen, Inés Salinas e tantas outras pessoas maravilhosas. Também toca como músico noutros ensembles tais como New Dutch Academy, Arcade Ensemble, Concerto Barocco, Orquestra Barroca Conde Duque, Concert Royal Koln e Collegium Musicum Den Haag. É membro fundador do ensemble Les Esprits Animaux, sendo a sua programação e conceito de concerto apreciada por críticos e público. Toca regularmente em Espanha, Portugal, França, Itália, Germany, Japan, Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos e gravou para Harmonia Mundi, Ayros, France Musique, Musiq3, Concertzender e Radio Klara. Javier toca num instrumento construído por Verbeek em 1682, pertencente e cedido pela Fundação Holandesa de Instrumentos Musicais. Inés Salinas, Violoncelo Nascida em 1985 em Zaragoza, Espanha, Inés está especializada na interpretação histórica do violoncelo e da viola da gamba. Atualmente a residir em Haia, Países Baixos, é fundadora dos grupos Scaramuccia, Duo Graziani e La Máquina del Tiempo, com os quais desenvolve uma intensa carreira. Paralelamente, é artista independente devotando parte do seu tempo a ensinar o violoncelo, atividade que disfruta profundamente. Possui a licenciatura e mestrado concluídos no Conservatório Real de Haia, onde estudou sob a orientação de Jaap ter Linden e Lucia Swarts (violoncelo histórico) e Mieneke van der Velden (viola da gamba). Durante os seus estudos neste conservatório, Inés teve também a oportunidade de trabalhar com Gaetano Nasillo, Hidemi Suzuki, Wieland Kuijken, Christophe Coin, Bruno Cocset, Itziar Atutxa, Rainer Zipperling, Balázs Maté, Enrico Gatti, Olivia Centurioni e Enrico Onofri. Também concluiu a Licenciatura em violoncelo clássico no Conservatório Superior de Música de Aragón em Zaragoza (Espanha) tendo estudado com Ángel Luis Quintana, Cuarteto Casals, Cuarteto Quiroga entre outros. Inés é uma apreciadora devota da música Italiana da metade do barroco em especial da música Napoletana. Tendo dedicado a sua tese de mestrado ao repertório Napoletano para violoncelo do principio do século XVIII, um tópico que continua a explorar, exumando um catálogo extraordinário que não é vastamente conhecido ou apreciado. Tocou com diversas orquestras como por exemplo: Britten-Pears Baroque Orchestra (UK) sob direção de Christophe Rousset; Orquestra Barroca Conde Duque (ES) com a direção de Ángel Sampedro; I Giovani della Montis Regalis 2013 (IT) com a direção de Olivia Centurioni, Alessandro de Marchi e Enrico Onofri. Patrícia Vintém, cravo Patrícia Vintém, cravista portuguesa, descobriu o gosto pela música aos 7 anos, iniciando os seus estudos no violino e mais tarde no cravo. A paixão e ambição de aprofundar os seus conhecimentos no âmbito da Música Antiga fê-la iniciar um percurso musical que a levou a concluiu em 2009, na Escola Superior de Música de Lisboa, a Licenciatura em Cravo sob a orientação da Professora Ana Mafalda Castro; em 2013, no Conservatório Real de Haia (Países Baixos), a Licenciatura e em 2015 o Mestrado em Música Antiga (Cravo) sob a orientação de Jacques Ogg e Fabio Bonizzoni. Como fundadora dos ensembles Les Esprits Animaux e DuoVintém&Lupiáñez e membro do ensemble Scaramuccia, tem vindo a desenvolver uma intensa carreira profissional em diversos festivais e salas de concerto por toda a Europa e Japão. Já conta com dois CD’s na sua discografía enquanto músico dos ensembles referidos, sendo que um terceiro será lançado em 2016. Teve ainda oportunidade de gravar para rádios internacionais tais como: com France Musique (FR), Radio Klara, Musiq3 (B) e Concertzender Nederlands (NL). BIOS EN Scaramuccia was founded in February 2013 on the initiative of violinist Javier Lupiáñez who aims to recover rarely played baroque repertoire. The spirit of Scaramuccia is to rediscover this cultural heritage, bringing to life music that was heard not only in more refined circles, but also in the taverns and the streets in the baroque period. Deep research and study is done in the preparation of each program and concert in order to rediscover those little gems of music, hidden and lost amongst the vast and most commonly performed baroque music literature. Scaramuccia started in the Fringe of the Festival in Utrecht 2013 and in the Fringe in the Festival of Bruges 2013, and since then, the ensemble has developed an intense concert schedule in the Netherlands, Belgium, and the UK. Among other performances, Scaramuccia has played in the Maldon Festival of Arts in Maldon, UK (2014 and 2015), the Museum Vleeshuis in Antwerp, BE (2014), the Kasteelconcerten, NL (2015), Festival Echi Lontani, IT (2016), Internationaal Kamermuziek Festival Utrecht – Janine Jansen and Friends, NL (2016), Musica Antica da Camera, NL (2016) and has also recorded for the Dutch radio station, Concertzender. In their zeal to discover new baroque repertoire, Scaramuccia has performed the world premières of two new Vivaldi pieces in a live concert in the radio program De Musyck Kamer, broadcast on the Dutch radio station Concertzender in 2014. In November 2015 Scaramuccia recorded their first CD with the label Ayros, featuring new music by Vivaldi and the most recent discoveries of Vivaldi’s music for violin and continuo. Scaramuccia was awarded the Audience Prize in the Göttinger Reihe Historischer Musik 2015/2016 competition. Javier Lupiáñez, violin & direction Francisco Javier Lupiáñez Ruiz began his studies in his hometown, Melilla, Spain, where he received several prizes in interpretation and composition. After years of study and practice, he received many diplomas, including an Advanced Diploma in Music for the modern violin at the Superior Conservatory of Salamanca with Patricio Gutiérrez, a Master in Musicology at the University of Salamanca, a Degree as a musical education teacher from the University of Granada, and a Bachelor in baroque violin with Enrico Gatti at The Royal Conservatoire of the Hague. In addition, he attended countless masterclasses with too many excellent teachers to list in this text. Francisco has also received his Master’s Degree, with distinction, under the guidance of Enrico Gatti at The Royal Conservatoire of The Hague, where he discovered new pieces by Vivaldi. His results were published in the RISM. Javier has performed several times as a soloist and as a leader with numerous groups and orchestras, such as the Baroque Orchestra of Salamanca, the European Baroque Academy of Ambronay, and Academia Montis Regalis. He is proud of having shared the stage with artists such as Frans Brüggen, Sigiswald Kuijken, Amandine Beyer, Olivia Centurioni, Enrico Onofri, Enrico Gatti, Peter Van Heyghen, Inés Salinas, and many other wonderful musicians. He also plays with other ensembles, like New Dutch Academy, Arcade Ensemble, Concerto Barocco, The Eroica Project (playing Beethoven with historical instruments), Orquesta Barroca Conde Duque, and Collegium Musicum Den Haag. He is a founding member of the ensemble Les Esprits Animaux, where his programming and concert concepts for Les Esprits have earned recognition from critics and the public alike. He is also a founding member and the artistic director of the group, Scaramuccia. Scaramuccia has performed the world premières of two new Vivaldi pieces in a live concert for the radio program De Musyck Kamer, broadcasted on the Dutch radio station Concertzender in 2014. Javier is developing his work in chamber music, playing with several ensembles around the world. He plays regularly in Spain, Portugal, France, Italy, Germany, Japan, and The Netherlands, and has recorded for Harmonia Mundi, Ayros, France Musique, Musiqu3, Concertzender and Radio Klara. Javier has a baroque violin, Verbeek, made in 1682, on loan from the collection of The Dutch Musical Instruments Foundation. Inés Salinas, violoncello & manager Born in 1985 in Zaragoza, Spain, Inés is a musician specializing in the historical performance of the cello and the viola da gamba. Currently living in Den Haag, The Netherlands, she is a founding member of the ensembles, Scaramuccia, Duo Graziani, and La Máquina del Tiempo, with whom she is developing an intense agenda. Additionally, she is a freelance musician and devotes part of her time to teaching the cello, which she enjoys very much. She holds Bachelor’s and Master’s Degrees from The Royal Conservatoire of The Hague, where she studied under the guidance of Jaap ter Linden and Lucia Swarts (historical cello), and Mieneke van der Velden (viola da gamba). While at The Royal Conservatoire of The Hague, Inés received further advice from Gaetano Nasillo, Hidemi Suzuki, Wieland Kuijken, Christophe Coin, Bruno Cocset, Itziar Atutxa, Rainer Zipperling, Balázs Maté, Enrico Gatti, Olivia Centurioni, and Enrico Onofri. She has also received a Bachelor’s Degree in classical cello from the Conservatorio Superior de Música de Aragón in Zaragoza, Spain, having studied with Ángel Luis Quintana, Cuarteto Casals, and Cuarteto Quiroga, among others. Inés is particularly fond of Italian mid-baroque music and Neapolitan music. She devoted her master’s research to the Neapolitan cello repertoire from the turn of the eighteenth century, a field which she continues to research, unearthing and performing an amazing catalogue that is not yet widely known or appreciated. She has performed with the Britten-Pears Baroque Orchestra (UK) in a project conducted by Christophe Rousset; with Orquesta Barroca Conde Duque (ES), conducted by Ángel Sampedro; and with I Giovani della Montis Regalis 2013 (IT), conducted by Olivia Centurioni, Alessandro de Marchi and Enrico Onofri. Patrícia Vintém, harpsichord Patrícia Vintém, a Portuguese harpsichordist, started her music studies at the age of 7 in her hometown Viana do Castelo. After concluding, in 2003, the basic degree in violin she proceeded her studies on the harpsichord. In 2009, she graduates in Early Music at the Superior School of Music in Lisbon, with Ana Mafalda Castro. The desire to cross borders and seek more knowledge and experience in the field of early music led her in that same year to The Netherlands, where she concluded in 2013 the Bachelor’s degree with Jacques Ogg and the Master’s with Fabio Bonizzoni on the main subject. She had the opportunity to share the stage with many artists like Amandine Beyer, Enrico Gatti, Fabio Bonizzoni, Kati Debretzeni and many other admirable musicians. She performed as soloist and continuo player in several venues in her country, and in the main festivals and concert halls of many other countries such as Spain, France, Belgium, The Netherlands, Germany, Italy, Lithuania and Japan. Since 2009, she is a founding member of Les Esprits Animaux. The ensemble has been warmly acclaimed by audience and critics. In the beginning of 2011, recorded the first CD dedicated to “Telemann” and in 2013 the second CD entitle “Transfigurations”, both with Ambronay’s Editions, distributed by Harmonia Mundi. In 2013, together with the violinist Javier Lupiáñez, created the DUO Vintem&Lupiáñez which concerts aim to promote the repertoire for solo harpsichord with the violin accompaniment. In 2014 became member of Scaramuccia with which she have recently recorded a CD completely dedicated to Vivaldi’s works for violin and continuo. She had also recorded for radio broadcastings such as France Musique, Radio Klara, Concertzender Nederlands and Musiq3. IMPRENSA \PRESS “Etwas Besseres kann einem Konzertpublikum nicht passieren” [Nada melhor pode acontecer a um público] Jens Wortmann, Kulturbüro Göttingen l’interprétation remarquable de l’ensemble Scarumuccia et le magnifique son du soliste Javier Lupianez [A notável performance do ensemble Scaramuccia e o som magnífico do solista Javier Lupiañez] W.L. (Péché Classique) “Le programme des «nuove Sonate» pour violon interprétées brillamment par Javier Lupiáñez accompagné par l’ensemble Scaramuccia” [«O programa de "Nuove Sonate" para violino interpretado de forma brilhante por Javier Lupiañez acompanhados pelo ensemble Scaramuccia»] Studi Vivaldiani, 2016 ¨La excelente demostración violinística de Lupiáñez y el no menos excelente acompañamiento que le dispensan sus compañeros¨ [«A excelente interpretação de violino de Lupiañez e o acompanhamento não menos excelente que os seus colegas proporcionaram»] E. Torrico, Scherzo, 2016 O Público «... o seu concerto em St Mary's, Maldon, Essex, foi maravilhoso – alegre, diferente e interpretado com grande charme e entusiasmo.» M.R. (Maldon) «Tão vívido, tão enérgico, sem restrições, apenas alegria» E. (Utreque) «Que alegria, que prazer, todos deixam os instrumentos dançar» R. (Haia) PRESS “Etwas Besseres kann einem Konzertpublikum nicht passieren” [Nothing better can happen to an audience] Jens Wortmann, Kulturbüro Göttingen l’interprétation remarquable de l’ensemble Scarumuccia et le magnifique son du soliste Javier Lupianez [The remarkable performance of the ensemble Scarumuccia and the magnificent sound of the soloist Javier Lupianez] W.L. (Péché Classique) “Le programme des «nuove Sonate» pour violon interprétées brillamment par Javier Lupiáñez accompagné par l’ensemble Scaramuccia” ["The program of "nuove Sonate" for violin brilliantly interpreted by Javier Lupiáñez accompanied by the ensemble Scaramuccia"] Studi Vivaldiani, 2016 ¨La excelente demostración violinística de Lupiáñez y el no menos excelente acompañamiento que le dispensan sus compañeros¨ ["The excellent violinistic demonstration of Lupiáñez and the no less excellent accompaniment that his colleagues give to him"] E. Torrico, Scherzo, 2016 The Audience “…their concert at St Mary’s, Maldon, in Essex was wonderful – lively, different and performed with great warmth and charm.” M.R. (Maldon) “So vivid, so alive, without restrictions, just joy” E. (Utrecht) “What a joy, what a pleasure, you all let the instruments dance” R. (The Hague) INFO Arte das Musas mail@artedasmusas.com www.artedasmusas.com Mais informações em www.foradolugar.pt Further information at www.foradolugar.pt Concertos: Entrada livre sujeita à lotação das salas Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30‘ antes do início dos concertos. Concerts: Free entry subject to room capacity For safety reasons, the door will be shut as soon as the room is full to capacity. Doors open +-30’ before the concerts start.