Ligada à tradicional romaria que se realizava anualmente, em setembro, no Santuário da Nossa Senhora da Luz, a feira era complemento das festividades religiosas que duravam vários dias, atraindo numerosos forasteiros da capital e arredores. Embora se possa considerar tão antiga como o próprio culto e remonte, certamente, à Idade Média, foi durante os séculos XVI e XVII que começou a adquirir maior projeção. No início, a feira surgiu integrada nas festividades religiosas, com barracas de comes e bebes, vendedores de medalhas, registos de santos, rosários e objetos religiosos. Pouco a pouco, foi-se ampliando e surgiram os louceiros, vendedores de fruta, cesteiros e, por último, os negociantes de gado. Chegou a realizar-se uma feira de gado, quinzenalmente, no segundo domingo de cada mês, mas a feira anual era o grande atrativo para os negociantes de cavalos e de gado vacum. Em 1881, por regulamento camarário (na altura, Câmara de Belém), a feira passou de três para cinco dias com o mercado de gado de 8 a 11 de setembro e os restantes produtos nos seguintes. Em 1929, com o estabelecimento da linha de elétricos que ligava os Restauradores a Carnide, o acesso ficou mais fácil e foi estabelecido um novo calendário, prolongando-se a feira desde o primeiro sábado até ao último domingo de setembro. Desde 1992 a Junta de Freguesia de Carnide alia-se culturalmente às festividades da Feira da Luz que, em setembro, culminam com a Procissão da Nossa Senhora da Luz. A Feira da Luz é, atualmente, organizada pela Junta de Freguesia de Carnide.