Arte têxtil, ou a arte das fibras, naturais ou sintéticas, refere-se a processos artesanais ou industriais, com uma abrangência que vai das peças de índole utilitária, decorativa, até às peças de galeria. Apesar do trabalho com fibras que se convertem em tecidos, ter uma considerável componente artística, sobretudo valorizada por algumas culturas e épocas, historicamente, a arte têxtil tem sido considerada uma arte menor, acabando por ser relegada para planos secundários. A partir do seculo XX, uma nova vaga mundial de artistas começou a utilizar como forma de expressão, materiais e técnicas têxtis nos seus trabalhos, produzindo assim novas perspetivas de leitura e conferindo às suas obras alguma contemporaneidade. A principal matéria prima utilizada nesta mostra de trabalhos de Graça Costa, é a lã, enriquecida com fios de seda, linho, cânhamo e algodão. Ainda que recorrendo a algum material com tingimento fabril, grande parte desta tarefa foi também feita artesanalmente e com recurso a produtos naturais, como folhas, bagas e raízes de plantas. A confeção destas peças tecidas, trançadas ou feltradas, com estes materiais de características tão próprias, assim como o tratamento da cor, do desenho e da textura, confere-lhes uma singular qualidade e originalidade, resultante de um perfeito diálogo entre opacidade e a transparência, a leveza e o peso. Por se tratar de uma mostra a decorrer em simultâneo com o festival da Vila Medieval de Ourém, e cujo tema versa o Sudoeste Asiático, algumas das peças expostas saem um pouco da linha habitual, aflorando o Oriente. Organização: Município de Ourém