Após uma arrebatadora e explosiva atuação, que ainda está certamente bem fresca na mente dos milhares de pessoas que tiveram o prazer de os ver no VOA 2017, os Epica vão estar de regresso a Portugal ainda antes do final do ano. Desta vez para prestações em nome próprio e numa data-dupla, em que a legião de seguidores nacional vai poder ver Simone Simons e companhia um pouco mais de perto, no palco da Sala Tejo, no dia 21 de novembro. Como “convidados especiais”, os holandeses vão contar com o enorme talento dos conterrâneos VUUR, liderados pela icónica figura de Anneke Van Giersbergen, que trazem na bagagem a muito aguardada estreia «In This Moment We Are Free – Cities», e com a etnicidade exploratória dos tunisinos MYRATH, que lançaram o explosivo «Legacy / ?????» no ano passado e foram alvo de enormes elogios por parte da imprensa especializada. Ainda focados no muito aplaudido «The Holographic Principle», editado em setembro de 2016, e após terem feito o circuito dos grandes festivais de Verão, os EPICA embarcam agora numa nova campanha europeia como cabeças-de-cartaz e dão o passo seguinte numa carreira sempre em crescendo, numa espécie de remoinho de canções, álbuns, concertos, tours, milhares de fanáticos aos gritos, entrevistas, capas de revista e viagens à volta do mundo para atuar perante plateias rendidas ao encanto da sua música. Os números dos primeiros dez anos de percurso da banda formado por Mark Jansen em 2003 falam, de resto, por si próprios: espetáculos em mais de 50 países diferentes, atraindo multidões de 4,000 espetadores por noite na América do Sul e na América Central, mais de 4,500 fãs por noite na Europa, Ásia e Austrália e, nos Estados Unidos, uma média de 1,500 bilhetes vendidos diariamente. E, feitas as contas, mais de uma década depois de terem começado a tocar juntos, a verdade é que a popularidade do coletivo holandês não dá mostras de qualquer quebra. Um nome ainda desconhecido de grande parte dos fãs de música pesada, os VUUR são a mais recente aventura de Anneke Van Giersbergen, a simpática e sedutora ex-vocalista dos lendários The Gathering. Depois de ter abandonado os autores de títulos tão marcantes como «Mandylion» ou «Nightime Birds» e de ter embarcado numa bem-sucedida carreira a solo, que a viu explorar terrenos mais próximos da pop, a talentosa holandesa ensaia agora um retorno às sonoridades mais pesadas e progressivas, na companhia de músicos ilustres da cena holandesa, entre os quais se contam Ed Warby (ex-Gorefest, Ayreon) e o guitarrista Jord Otto (ex-ReVamp). «In This Moment We Are Free – Cities», o álbum de estreia da banda, tem data de edição marcada para 20 de outubro e promete surpresas. Por seu lado, os MYRATH – oriundos de Ez-Zahra, na improvável Tunísia – tomaram forma em 2006 e, durante os 10 anos seguintes, apoiaram-se em discos como «Desert Call», «Tales of the Sands» ou o mais recente «Legacy / ?????» para estabelecer reputação como uma das mais exóticas e desafiantes propostas que a música extrema tem hoje para oferecer.