Cartas Não São Ridículas São Só Notícias de Alguém é o resultado de um projecto de pesquisa alargado iniciado no ano de 2012, através de uma performance no Espaço do Teatro do Vestido. Entendemos por cartas todas aquelas que são escritas pelo punho, que são enviadas pelo correio, que têm selo, que demoram dias a percorrer um caminho, que falam de amor, de saudades, que dão notícias. Este projecto baseia-se na transformação dos materiais resultantes de uma pesquisa, num objecto performativo. Trata-se de uma criação experimental sobre o que nos escreveram, sobre as nossas respostas, sobre as nossas respostas a cartas que nunca chegaram, sobre histórias que nos contaram, sobre as nossas próprias histórias, sobre o aprender com quem nos quis ensinar, sobre o tempo ou a falta dele, sobre a procura, sobre a procura pelo dizer o que não tínhamos coragem, sobre a procura pelo lembrar do que ficou lá atrás, sobre a criação de várias personas que convergem num Eu que se expõe. Uma zona cheia de possibilidades, de afirmações contraditórias, de respostas e ironias. Chegámos a um porto e sem nenhum egoísmo mostrar-nos-emos numa carta aberta a todos que a queiram l(v)er. Criação e Interpretação: Marta Pires e Raquel Leão Produção: Jorge Ganhão Assistência de Encenação e Design: André Raposo 5 e 6 de Setembro às 21:30h no Espaço TdV, Cais do Sodré. ENTRADA LIVRE (com lotação reduzida). Reservas através do telefone: 918388878 ou do e-mail: geral@teatrodovestido.org ______________________________ Acolhimento TdV: No espaço de trabalho da companhia, que possibilita uma relação de grande intimidade com o público, bem como a inigualável envolvência do Cais do Sodré, os projectos que programámos reflectem em primeiro lugar uma tentativa de apoio a estruturas e criadores emergentes, que procurem também nos seus processos e metodologias o desenvolvimento de uma linha de criação de nova dramaturgia e trabalhem a partir de materiais e questões que se inscrevem numa linha contemporânea e de pesquisa. Procurámos também colaborar com e apoiar projectos de criadores com quem temos afinidades e cujo trabalho queremos facilitar, apoiar, possibilitar. O espaço do TdV torna-se assim num espaço de partilha, colaboração, diálogo e divulgação de projectos que não só os da companhia. “…Até poderíamos sonhar com uma comunidade de sonhadores que se juntassem para sonhar o que vem aí.” (John D. Caputo)