Identificando as inúmeras maneiras pelas quais o quotidiano nos trespassa e habita, exploramos formas de o transformar e nos transcender, transplantando novas estéticas de existência em nossos corpos, movimentos e palavras. Derivas e passeios alados, para usos situacionistas, emparelham vozes, versos e letras de tudo aquilo que experienciamos, emergindo artistas etnógrafos. Daqui, e pelo manejo de ferramentas arcaicas, há muito esquecidas no ruído dos dias, criamos outras performances de estamos juntos e nos vermos, de contermos o mundo, de colhê-lo e de nos escolhermos melhor. Este workshop faz a interseção de abordagens artísticas e académicas da performance, evocando vários filósofos, investigadores e artistas contemporâneos e convergindo várias técnicas e metodologias complementares de pesquisa, reflexão e transformação artística das experiências quotidianas. Do processo resultarão apresentações performativas autorreferenciais, que cruzam trajetórias singulares e coletivas, simultaneamente privadas e públicas, pessoais e políticas, que pretendem intervir no mundo e abrir-se a ele. Formador: Armando Pinho Público-alvo: jovens e adultos com interesse nas artes performativas (Ensino secundário) Duração: 2 horas Número máximo de participantes: 15 Inscrições e informações: Arte Total / 2euros ARMANDO F. PINHO (Portugal, 1972) é Licenciado em Psicologia e Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade do Minho, Licenciado em Teatro - Ramo Interpretação/Direção de atores pela ESMAE (Porto) e Pós-graduado em Arte-Terapia pelo IATBA (Barcelona). Profissionalmente exerce funções como docente na Universidade Lusíada do Porto, desde 2001, nas áreas da Psicologia da Arte, Expressividade e Espetáculos, e é psicoterapeuta. Colabora como docente-técnico especializado na área de Interpretação/Voz/Movimento no curso profissional de Teatro da Escola Secundária Alberto Sampaio - Braga. É ainda investigador-doutorando em Psicologia Aplicada, na Universidade do Minho, desenvolvendo um estudo sobre performatividade, construção e negociação identitárias, no contexto da performance artística autobiográfica em Portugal. Na área artística iniciou atividade teatral em 1991, no Teatro Universitário do Minho, e desde então tem trabalhado com vários nomes reconhecidos nacional e internacionalmente. De entre as colaborações mais recentes, como intérprete, destacam-se “Pára-me de repente”, na CTB (Braga); “Por tudo e por nada”, sob direção de Diogo Dória (Porto); série de leituras encenadas, no Oficina Teatro (Guimarães); “O Cabaré da Santa” e “A boa alma de Setzuan” para O Teatrão (Coimbra). No domínio artístico e cultural tem exercido também funções como formador e gestor de várias iniciativas na área das artes performativas.