Escola Superior de Teatro e Cinema - IPL
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"Tanto Amor Desperdiçado" (Love's Labour's Lost) Uma comédia de William Shakespeare Sala 107 e 108 5, 6 e 7 de Junho 21h Direção/Orientação: Álvaro Correia Entrada Livre "Love’s Labour’s Lost" reflete sobre a urgência do amor nos Homens. A primeira questão que nos surgiu prendia-se à ideia de juventude e à forma como esta se manifesta em paixões precoces e hiperbolizadas. Ao analisarmos a peça, concluímos que, ao contrário do que acontece em Romeu e Julieta, Shakespeare oferece uma perspetiva diferente para o amor, ligada à ideia de desejo, de ardor, algo mais fugaz e efémero. Romeu e Julieta trocam juras eternas e apresentam-se como “o par perfeito” aos olhos dos românticos incuráveis, pois preferem pôr fim às suas vidas, a viver uma vida inteira sem a presença do outro. Contrariamente, em "Love’s Labour’s Lost", assistimos a quatro jovens rapazes que optam por pôr o amor de lado e dedicar todo o seu empenho ao conhecimento e à ciência, convictos de que esta seria a melhor conduta para alcançar a plenitude das suas virtudes. No entanto, ao primeiro sinal de presença feminina, todos sucumbem ao desejo e quebram a jura ao desfiarem os seus pensamentos em versos românticos e vãs cortesias. Porém, este amor não é o mesmo amor que Romeu e Julieta partilham, nem tão pouco o mesmo que Desdémona sente por Otelo. Trata-se antes de algo mais leve e primaveril. As paixões não surgem do deslumbre total pelo ser amado, mas da procura por ver refletida a nossa imagem nos olhos e na paixão de alguém. Amamos na esperança de ver o nosso amor retribuído, desejamos em forma de ricochete, uma vez que esperamos que esse amor embata no objeto desejado e volte para nós, fazendo-nos sentir seguros de nós próprios por termos conquistado aquilo que pretendíamos. Os quatro estudantes desejam as jovens que juraram recusar, como se se tratasse de uma provocação feita para testar a veemência dos seus juramentos. Assim, para nós, a peça resume a tentativa de satisfazer os desejos amorosos, alimentada pelo conflito que surge da angústia de ser perjuro. As quatro raparigas não só figuram a ideia de personificação da tentação, como aparecem para chacotear e descredibilizar os amores supérfluos e precoces. A figura da mulher ganha um destaque importante, por ser ela quem controla todo o monopólio amoroso, fazendo uso dos frágeis piões, já enlouquecidos pela necessidade de satisfação das suas paixões. O homem encontra-se na condição de um pedinte, que suspira por uma esmola aos olhos do poder da mulher. No final, serão estes amores desperdiçados ou acabarão como a clássica história de amor que se desfecha em casamento primaveril? Texto: Madalena Almeida “Tanto Amor Desperdiçado” é o exercício final da turma B do 2º ano dos alunos de teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema. FERNANDO, rei de Navarra - Daniel Barros BIRON, fidalgo do rei - Rodrigo Tomás LONGAVILLE, fidalgo do rei - Victor Caetano DUMAINE, fidalgo do rei - César Melo PRINCESA DE FRANÇA - Sofia Burnay e Madalena Almeida ROSALINA, dama da princesa - Filipa Correia e Mariana Guarda MARIA, dama da princesa - Diana Vaz CATARINA, dama da princesa - Beatriz Brito BOYET, fidalgo da princesa - André Leitão D. ADRIANO DE ARMADO, aventureiro espanhol - Silvio Vieira BORBOLETA, pajem de D. Adriano - Marisa Conceição HOLOFERNES, mestre-escola - Catarina Santos D. NATANIEL, padre - Alice Coelho MONO, guarda - Carolina Ferreira CACHOLA, vilão - Luís Coelho JAQUINA, serva do campo - Beatriz Costa MARCADÉ, mensageiro - Carolina Ferreira Produção: Jéssica Penedo e Mims Čandíková Design de Cena: Bruna Mendes Apoio à direção/orientação: Jon Ruiz * RESERVA OBRIGATÓRIA * 21 498 94 52 gab.producao.teatro@estc.ipl.pt O exercício tem aproximadamente 2h30, sem intervalo
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