ET - ENCONTRO DE TEATROS (8ª edição) 12/05 a 20/5/17 Sextas e Sábados pelas 22H, Auditório Municipal de Esposende 12/05 ‘PIOLHOS e ACTORES‘ de José Sanchis Sinisterra GRUPO TEATRO KRISALIDA (Caminha) 13/05 ‘JUSTIÇA’ de Camilo Castelo Branco CTB – COMPANHIA TEATRO BRAGA (Braga) 19/05 ‘POLICIAS’ Uma adaptação do texto de Slawomir Mrozek GATERC (Esposende) 20/05 ‘OPUS’ GRUPO TEATRO AJIDANHA (Idanha-a- Nova) 12/05 ‘PIOLHOS e ACTORES‘ de José Sanchis Sinisterra GRUPO TEATRO KRISALIDA (Caminha) Rios e Solano são dois atores cómicos ambulantes, que chegam ao teatro carregando um velho baú que contém todo o seu aparato teatral. Têm de apresentar um espetáculo ao público, mas as dúvidas, temores e inquietações que os atormentam, interrompem e atrasam constantemente a representação. Através de um diálogo entrecortado, Rios e Solano descobrem o espetador e descobrem-se mutuamente, na fragilidade da sua condição e tentam a todo o custo deixar vestígios dos seus passos, sobreviver. A peça constitui uma reflexão sobre o ofício do ator, sobre a condição do espectador e sobre a necessidade humana de perdurar, de deixar uma marca, tornando-se assim uma metáfora da precariedade da própria condição humana. SOBRE O ESPETÁCULO Piolhos e Atores é uma adaptação da obra Ñaque ou Sobre Piolhos e Atores de José Sanchis Sinisterra, dramaturgo e diretor teatral espanhol, escrita em 1980 e considerada como um dos textos mais emblemáticos da dramaturgia espanhola num período em que Espanha se encontrava num processo político que ficou conhecido por “La transición” e que conduziu o país da ditadura franquista ao sistema democrático. Piolhos e Atores é um espetáculo teatral sobre a condição do ator e da sua posição na sociedade. É uma história que se baseia na relação de dois atores cómicos do séc. XVI que se reencontram no séc. XXI e do papel do "público" no ato teatral. Recorrendo a diversos planos e dimensões no jogo da interpretação, a peça é uma reflexão metateatral que pretende demonstrar que a essência do teatro reside no encontro entre o ator e o espetador e que, sem estas duas componentes, não existe teatro e, consequentemente, não faz sentido a existência dos atores. A peça, que oscila entre momentos sérios e a comicidade das situações, sob o pretexto das deambulações de dois comediantes medievais, que têm vindo a percorrer vários palcos até aos nossos dias, coloca-nos perante a condição do ator ao longo dos séculos, refletindo sobre o próprio Teatro, a sua relação com o público e a questão da criação. Mas ao olharmos para este espetáculo sob o ponto de vista da necessidade humana de perdurar, de deixar uma marca, ele torna-se uma metáfora da precariedade da própria condição humana. Ficha Artística e Técnica: Encenação: Carla Magalhães Interpretação: Alexandre Martins e Jorge Alonso Cenografia e Figurinos: Joana Carvalho Desenho de luz: Rui Gonçalves Apoio Musical: Nuno J. Loureiro Máscaras: Luís Magalhães Fotografia e vídeo: Marco Lima Produção: Maria Meixeiro Secretariado: Filipa Almeida classificação etária M / 12 anos duração aproximada 75 min Teatro Municipal Valadares – Caminha (08-10-2016) - Estreia 13/05 ‘JUSTIÇA’ de Camilo Castelo Branco CTB – COMPANHIA TEATRO BRAGA (Braga) No contexto da obra camiliana a vertente dramática é a que tem merecido menos apreço da crítica literária, contudo, se analisarmos com atenção, veremos que aí estão as forças motrizes da produção novelística do Autor. O melodrama histórico; o melodrama burguês, (onde se insere Justiça) e a comédia, dão nota cabal das preocupações éticas e filosóficas do autor, do seu modo de encarar o mundo e o país, os costumes e a realidade circundante, num contexto quase sempre autobiográfico. Em Justiça estamos num olhar peculiar sobre a sociedade e os costumes.” De um lado a utopia de uma sociedade que deveria nobiliar-se pela honra e pelo trabalho, a apologia do self-made man que, saído da pobreza, conquistará o seu espaço com probidade. Na trincheira oposta, os homens de mármore, corações empedernidos, adoradores do bezerro de ouro numa sociedade em que o homem era o lobo do homem. De um ângulo, o frémito social e tribunício espelhava as aspirações de uma classe em luta contra a aristocracia empobrecida e decadente, a viver a glória enferrujada de seus brasões. Do outro, o combate ao argentarismo sem entranhas do capital especulativo que visava impor a essa mesma burguesia, um modelo ético que a dignificasse.” Justiça, um dos pilares do estado de direito e tema central de análise sobre a qualidade da democracia na sociedade contemporânea. Ficha artística autor Camilo Castello-Branco encenação Rui Madeira elenco André Laires, António Jorge, Carlos Feio, Eduarda Pinto, Jaime Monsanto, Rogério Boane e Solange Sá cenografia João Dionísio figurinos Manuela Bronze criação vídeo Frederico Bustorff criação sonora Pedro Pinto design gráfico e fotografia Paulo Nogueira desenho de luz Nilton Teixeira Ficha Técnica diretor de montagem Fernando Gomes* técnico de som e vídeo João Chelo técnico de operação de luz Vicente Magalhães* técnico de construção e montagem Alfredo Rosário* costureira Celeste Gomes *Theatro Circo duração 90’ (c/ aproximadamente 15’ de intervalo) classificação etária M/12 19/05 ‘POLICIAS’ Uma adaptação do texto de Slawomir Mrozek GATERC (Esposende) “POLICIAS” “Escrito em 1958 pelo dramaturgo polaco Slawomir Mrozek como uma sátira sobre o estado totalitário, esta peça, Os Polícias continua actual: lembra-nos que é sempre preciso um inimigo para quem vai empreender uma guerra baseada no terror.” Lyn Gardner, Guardian UK A peça passa-se num país imaginário onde toda a oposição ao governo desapareceu e o último preso político vai ser libertado. Em vez de encarar a hipótese da retirada da força policial (uma vez que deixa de haver oposição) o Director de Segurança Nacional decide ele próprio criar (inventar) um inimigo do governo (do Estado) ordenando a um dos seus subalternos que cometa crimes políticos. O tom absurdo da peça culmina com as personagens a prenderem-se mútua e sucessivamente, numa tentativa de restaurar a ordem e o sentido no seu mundo. O AUTOR Sławomir Mrożek (29 Junho 1930 – 15 Agosto 2013) foi um dramaturgo, escritor e cartunista polaco que explora nas suas obras o comportamento humano, a alienação, o abuso de poder e os sistemas totalitários. Os temas mais importantes para o seu desenvolvimento foram os anos de guerra, a ocupação nazi, o estabelecimento de uma "república popular" pós-guerra, e a repressão estalinista, que criou toda uma geração de jovens desiludidos. Tornou-se uma figura proeminente na literatura polaca em virtude de suas peças ao estilo "Teatro do absurdo", e através destas, evitou os rigores da censura comunista. Em 1964 deixou a Polônia e foi para Paris, onde se tornou cidadão francês. Ficha Técnica e Artística encenação, cenário - Eva Fernandes e Jorge Alonso figurinos – Costureira Luisa Silva e Xaninha Campino Construção – Serviços Municipais Carpintaria do Município de Esposende produção – GATERC organização – Município de Esposende / CREARTE Elenco (por ordem de entrada em cena) Tiago Cepa - Preso / Tenente José Neves – Director Amélia Pereira Martins – Mulher Policia Fernando Vale – Chefe / Preso Alexandra Costa – Mulher do Chefe João Faria – General Informação sobre o espetáculo duração 65’ classificação etária M/12 Data estreia: 11/02/2017 no Auditório Municipal de Esposende 20/05 ‘OPUS’ GRUPO TEATRO AJIDANHA (Idanha-a- Nova) SINOPSE Aborrecido, num determinado momento da Minha eternidade, comecei a criação de todo o universo. A Minha obra era uma sublime representação do espaço, com o domínio marcado dos conceitos básicos da natureza. Com um traço delicado e inteligente, explora a efemeridade da vida. Mas como em todas as obras, há sempre um elemento imperfeito. Tudo o que sucedeu, foi por minha culpa ou por vossa néscia culpa? Esta peça fala Dele, das suas dúvidas e angústias, na companhia de quem fez Dele, quem Ele é. Encenação José Carlos Garcia, nascido em Moçambique, em 1969, frequentou entre 1991 e 1994 a Escola de Artes e Ofícios do Espectáculo do Chapitô -EPAOE, onde também trabalhou como técnico de Luz. Em 1996 como actor e co-fundador co-director artístico da Companhia do Chapitô, trabalha com diversos encenadores como António Pires, Claude Krespin, Fernando Gomes, Francisco Salgado, John Mowat, Paula Sá Nogueira, Nuno Carinhas, Nuno Pino Custódio e Sandra Faleiro. Tem desde 1997 desenvolvido o seu trabalho de encenação em Em 2012 encenou A Volta ao Mundo em 80 Dias com o teatro Gorakada em Espanha. Fez assistência de encenação na Companhia Paulo Ribeiro, na peça Auto da Barca do Inferno e Noite de Reis com encenação de John Mowat. Exerce ainda como formador actividades na área do Teatro, Teatro do Gesto, Teambuilding, entre outros. Em 2001 e 2002, participou nas séries televisivas O Fura-vidas, A Minha Família é uma Animação e Liberdade 21. Em 2005/06 faz a coordenação e direcção artística da Viagem Medieval de Santa Maria da Feira e participou como actor no filme de Carlos Beja Lastro. Em 2010 integra o elenco da telenovela “Laços de Sangue” uma co-produção entre a SIC e a Rede Globo. Produção vencedora de um Emmy. Em 2012 integra o elenco da série “Depois do Adeus” como protagonista para a RTP 1. Elenco técnico e artístico dramaturgia criação a dez mãos* encenação José Carlos Garcia assistência de encenação Ana Peres e Ramón de los Santos interpretação Bruno Esteves, Rui Pinheiro e Ramón de los Santos** desenho de luz colectivo cenografia António Nunes, Maria Helena Batista e Rui Varão pirotecnia Paulo Almeida Costureira Fátima Antunes design gráfico Paula Varandas fotografia, teasers e DVD Ramón de los Santos produção executiva Rui Pinheiro produção ajidanha CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA - maiores de 12 anos DURAÇÃO 60 minutos DATA DA ESTREIA Idanha-a-Nova – 10 e 11 de julho de 2015 no Estúdio Teatro da Ajidanha, em Idanha-a-Nova. MARCAÇÃO E AQUISIÇÃO BILHETES Auditório Municipal / Turismo de Esposende tel. 253 961 354 das 9.00h às 12h30 e das 14.00h às 17.30h depois das 18.00h - 936 346 040 bilheteira nos dias espetáculos abre às 20.30h Custo bilhete - 3 pancadas. Caderneta p/ 4 espetáculos -9 pancadas (desconto para portadores cartão estudante, idosos, desempregados, e grupos de 8 ou mais pessoas).