Numa performance de Playback não há tempo para intelectualizar. Escutamos a história do espectador com o corpo e a alma, sentimos algo de semelhante à nossa experiência, ou talvez algo de diferente, e de repente, terminada a narração, estamos a agir, a mover o corpo e a emoção, falando palavras em sintonia. Estamos a representar algo que é parte «eu» parte o «outro», mas que é fiel à história contada. Para o ator ou não-ator este trabalho serve para o ajudar a trabalhar mais instintivamente, para o encorajar a arriscar e a abrir, o seu corpo, a sua alma e as dimensões da sua mente. O ator aprende a receber do espectador – a sua história, o seu olhar – e em troca oferece – a sua energia e vulnerabilidade. É um diálogo humanista e de respeito.