Nos dias 17 a 18 de outubro, Castro Verde revive uma das maiores e mais emblemáticas feiras do sul do país, a secular Feira de Castro. Lugar de encontro, de tradição e de memórias que é também uma referência no valorizar das raízes e do património oral da região. Instituída por Filipe II, em 1620, em resposta a uma solicitação feita pelos moradores do concelho que pretendiam obter com o rendimento dos terrádegos (imposto sobre o terreno ocupado pelas barracas e tendas dos feirantes), os fundos necessários à reconstrução da Igreja das Chagas do Salvador (ou Igreja de Nossa Senhora dos Remédios), a Feira de Castro depressa se tornou a principal feira do sul, primeiro de gado, depois de mil e uma mercadorias, manufaturas e produtos da terra, animando o comércio local e regional. Com quase 4 séculos de existência e, apesar dos sinais de mudança, a Feira de Castro mantém vivos alguns elos com o passado, como a venda de produtos do pequeno comércio e da indústria familiar, das mantas de lã, queijos e frutos secos, artefactos da latoaria, quinquilharias e loiças de barro, alfaias agrícolas e mobiliário rústico. Nestes dias, a par da animação e do ambiente da própria feira será dinamizado um programa cultural onde se inserem iniciativas que são já um marco da própria feira. O cante alentejano, a viola campaniça e o cante ao baldão assumem especial destaque em iniciativas como “A Planície a Cantar” ou o “XXV Encontro de Tocadores de Viola Campaniça e Cantadores de Despique e Baldão”. PROGRAMA COMPLETO DA INICIATIVA DISPONÍVEL EM: https://www.cm-castroverde.pt/pt/agenda.aspx?cat=617&month=0