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Connecting Stories – Pioneiros da Aviação

Connecting Stories – Pioneiros da Aviação

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O Connecting Stories é um projeto de partilha de histórias e experiências entre o Museu das Comunicações em Portugal e o Museu dos Correios e Telecomunicações da Eslovénia. Dois museus com a mesma missão, pensar a história das comunicações no passado, presente e futuro.

Nesta mostra revelamos o pioneirismo de ambos os países na arte da aviação, através dos feitos de Stanko Bloudek, Sacadura Cabral e Gago Coutinho.

Stanko Bloudek nasceu em Idrija, em 1890, numa localidade conhecida pela sua mina de mercúrio e pelas conquistas técnicas dos engenheiros da mina. O modelismo foi para Bloudek, o primeiro passo para a aviação. Enquanto frequentava o ensino secundário, Bloudek já era um construtor entusiasta de modelos de aviões. Ainda estudante, em 1910, fez um modelo da aeronave francesa Demoiselle, que na 7ª Exposição Automotiva de Praga lhe rendeu a encomenda do seu primeiro avião motorizado. A primeira aeronave motorizada de Stanko Bloudek recebeu o nome de Racek (Gaivota). Vários pilotos fizeram troça das suas tentativas com uma aeronave pequena e de baixa potência, mas logo perceberam que ela era capaz de voar. O voo mais longo da Racek foi de 1 Km a uma altura de 20 metros.
A sua segunda aeronave motorizada foi o biplano Libela (Libélula). O Libela (Libélula), de 1911, é o avião mais original de Bloudek e provou ser um dos melhores biplanos da época. Atingiu uma altura de 300 metros e permaneceu no ar por 10 a 15 minutos. A guerra que se aproximava impediu-o de ser fabricado para uso generalizado.

Artur de Sacadura Cabral nasceu a 23 de maio de 1881, em Celorico da Beira, distrito da Guarda. Em 1897, com 16 anos de idade, ingressou na Escola Naval, tendo sido o melhor classificado do seu curso.

Carlos Viegas de Gago Coutinho nasceu em Lisboa, a 17 de fevereiro de 1869. Ingressou na Escola Naval em 1886 e desde muito cedo se interessou pelo estudo dos navios de guerra. No entanto, foi a sua atividade como geógrafo na marinha que lhe trouxe notoriedade. Esta era a sua verdadeira paixão, tendo colocado em prática todos os seus conhecimentos de geodesia, astronomia e geografia matemática.

Em 1922, Sacadura Cabral e Gago Coutinho completaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, entre Lisboa e o Rio de Janeiro. A história de como o fizeram é fascinante e cheia de obstáculos. Foram precisas 63 horas e 26 minutos para realizar a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. A 30 de março de 1922, a bordo do hidroavião batizado como Lusitânia, Sacadura Cabral e Gago Coutinho saíram de Lisboa. Chegaram ao Rio de Janeiro a 17 de julho. Para chegar ao Rio de Janeiro, Cabral e Coutinho tiveram de fazer inicialmente escala em Las Palmas, São Vicente e nas Ilhas Fernando de Noronha. Antes da travessia maior entre São Vicente e as Ilhas Fernando de Noronha, os dois navegadores já suspeitavam que o combustível não ia ser suficiente, contudo, partiram na mesma para a viagem, mesmo que isso pudesse implicar perder a vida. Quando chegaram ao Rio de Janeiro, os pilotos foram recebidos com celebrações e festividades pela população local como reconhecimento do feito alcançado.

Pode ver esta mostra na exposição Vencer a Distância até 28 de novembro.

Fonte: https://www.fpc.pt/pt/agenda-evento/connecting-stories-pioneiros-da-aviacao/
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