Universidade de Lisboa
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O Concerto “Europa Sinfónica”, pela Filarmonica Arturo Toscanini, no âmbito da Temporada Darcos, tem lugar na Aula Magna da Universidade de Lisboa, no dia 6 de novembro de 2024, às 21h00, e integra o programa Música na Universidade de Lisboa.
Entrada Livre, limitada à lotação do espaço.
Programa
L. van Beethoven (1770 – 1827)
Abertura Coriolano, em Dó menor, Op. 62
N. Côrte-Real (n. 1971)
Banksters Suite (da ópera Banksters)
I. Visão diabólica e luta
II. Angelino Rigoletto
III. Mimi Kitch
IV. Santiago Malpago
V. Assassinato
VI. Redenção
pausa
L. van Beethoven (1770 – 1827)
Sinfonia n.º 6 em Fá Maior “Pastoral”, Op. 93
I. Allegro ma non troppo
II. Andante molto moto
III. III. Allegro
IV. IV. Allegro
V. Allegretto
Nuno Côrte-Real, direção musical
Filarmonica Arturo Toscanini (Itália)
Sinopse
Encomenda do Teatro Nacional de São Carlos a Nuno Côrte-Real (1971), a ópera Banksters estreou em 2011, com libreto de Vasco Graça Moura (1942- 2014), segundo a peça de teatro Jacob e o Anjo (1930) de José Régio (1901- 1969). O nome resulta da junção da palavra bankers [banqueiros] com gangsters [bandidos]. Santiago Malpago, grande senhor da finança, é visitado por Angelino Rigoletto (anjo ou demónio?) com a missão óbvia de levar o banqueiro à ruína, ardil lançado por Mimi Kitsch, mulher de Santiago, de uma ambição desmesurada. Em estreia absoluta, a Banksters Suite (2024) recupera os principais ambientes sonoros da ópera, assumindo-se como uma narrativa sem palavras. Figura de referência do panorama musical francês, Marc-Olivier Dupin (1954) compôs Variações sobre a Traviata de Verdi em 2011, uma sucessão das principais melodias da famosa ópera (1853) do compositor italiano Giuseppe Verdi (1813-1901).
Por último, a Sinfonia n.º 6, Op. 68, composta num período particularmente difícil da vida de Ludwig van Beethoven (1770-1827), em que a surdez se manifestava de forma irreversível. Esboçada em 1802, o grosso da sua escrita decorreu entre 1806 e 1808, enquanto a Sinfonia n.º 5, Op. 67, era terminada. Em plena segunda fase criativa, o chamado estilo heróico, Beethoven utiliza a Música enquanto meio para expressar realidades e conteúdos extra-musicais, uma retórica musical relacionada com a evocação explícita de retratos poéticos da vida rural, não numa lógica narrativa antes sensorial.
Não por acaso, o título original era Lembranças da Vida Campestre, passando a Pastoral pouco tempo antes da sua estreia, a 22 de dezembro de 1808, em Viena, no concerto em que, igualmente, estrearia a Sinfonia n.º 5, o Concerto para piano n.º 4, Op. 58, e a Fantasia Coral, Op. 80. No programa de sala desse concerto, Beethoven fez imprimir uma pequena legenda explicativa para cada andamento. Em forma sonata, o 1.º andamento evoca o despertar de sentimentos alegres na chegada ao campo. Profundamente sereno, o 2.º andamento corresponde a uma cena à beira do riacho, que termina elegantemente com o chilrear dos pássaros. Segue-se o alegre convívio de camponeses, interrompido pelos trovões e tempestade. Às melodias propositadamente rústicas segue-se uma violenta tempestade, na tradição barroco-clássica, cheia de efeitos onomatopaicos. Por último, o canto do pastor: sentimentos alegres e gratos após a tempestade, hino de gratidão para com a Natureza.
Consulte aqui o programa da Temporada 24/25 da Música na Universidade de Lisboa.
Fonte: https://www.ulisboa.pt/evento/europa-sinfonica-filarmonica-arturo-toscanini
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