“A vila de Colos: os desafios da interioridade na sede de um antigo concelho manuelino” dá o mote à actividade dedicada ao Património, no fim-de-semana Terras sem Sombra em Odemira. Com ponto de encontro na Igreja Paroquial de São Pedro e com orientação de António Martins Quaresma (Historiador) e José António Falcão (Historiador de Arte), a visita à vila de Colos incide nas memórias locais e de como estas se manifestam na paisagem tangível e intangível, no passado e no presente.
A vila de Colos, sede de concelho extinto no século XIX, situa-se sobre uma elevação com amplas vistas para a bacia do rio Sado. O lugar “testemunha uma história antiga de oscilação do povoamento, consoante as vicissitudes da ocupação humana do território. Essa oscilação pode ser arqueologicamente verificada, por exemplo, no alto cerro onde branqueja a ermida de Nossa Senhora das Neves”, sublinha o historiador António Martins Quaresma. Colos, “está historicamente ligada ao reinado e à pessoa de D. Manuel I, que ali esteve, ainda enquanto duque, e lhe passou carta de fundação, em 1490, desanexando o seu território do de Sines, a que pertencia”, adianta o investigador, para acrescentar que “hoje, a freguesia de Colos sofre dos males da interioridade, como as restantes freguesias do concelho de Odemira, não tendo recuperado, em termos numéricos, a população que possuía em meados do século XX.Foto: CMO