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Pentateuco das Passagens | Joaquim Félix de Carvalho

Pentateuco das Passagens | Joaquim Félix de Carvalho

O livro “Pentateuco das Passagens", de Joaquim Félix de Carvalho, será apresentado no dia 28 de setembro, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Barcelos.

A apresentação será realizada por José Rui Teixeira, Editor e Diretor da Cátedra Poesia e Transcendência. No decorrer da sessão, haverá ainda um momento musical protagonizado por Fernando Monteiro e André Amaro.

O Autor

JOAQUIM FÉLIX DE CARVALHO é padre da Igreja Católica, tendo realizado o Estágio Pastoral na paróquia de Santa Maria Maior de Barcelos. Natural de Fragoso, Barcelos, é membro da Direção da Faculdade de Teologia e investigador do CITER (Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião) da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. Doutorado em Liturgia, em Roma, estuda e edita fontes litúrgicas antigas, latinas e orientais, algumas, em tradução, com (agora cardeal) José Tolentino Mendonça. Dedica-se à renovação das artes e da arquitetura religiosa contemporânea. Colaborou ― e continua a fazê-lo ― com arquitetos na edificação de espaços litúrgicos, reconhecidos nacional e internacionalmente (v.g. Capelas Árvore da Vida, da Imaculada e Cheia de Graça, entre outras), e com artistas: Asbjørn Andresen, Lisa Sigfridsson, Ilda David’, Manuel Rosa, Lourdes Castro, Helena Cardoso, Carla Pontes, entre outros. É autor de uma significativa bibliografia, da qual se destacam artigos e livros nas áreas da liturgia, da produção artística, da edição de fontes literárias, do ensaio e da poesia. No campo da poesia, depois do Livro da Deslocação (2022) e de Verna (2023), publicou o Pentateuco das Passagens (2024).

O livro

Cinco livros. É um Pentateuco, um livro de livros. O leitor acolhe uma pequena biblioteca de mão. E a tenda, digamos assim, abre-se nas linhas das suas palmas. Depois, sim, comparecem os olhos. Ela, a biblioteca itinerante, visita o seu amparo, convidando à recíproca hospitalidade na leitura. Que, de forma tátil ― como quem lê um corpo, nem que seja só pelo índice ―, permite reconhecer a sua ossatura, livro a livro, na articulação dos capítulos. Ainda que carecida de ulteriores esclarecimentos, ― devido, talvez, às sonoridades finais das teorbas ―, a leitura aponta de imediato a uma revelação: «É um livro de Passagens!». Efetivamente, é. De recortada cartografia, que não é de agência de viagens ou de posto de turismo, nem de roteiros desprovidos de desvios, a presente obra compreende o Livro da Escandinávia (com passagens pela Noruega, Suécia e Dinamarca), o Livro do Sul da Gália (com duas viagens míticas pelo sul de França), o Livro da Helvécia (com passagens e desvios na Suíça), o Livro da Estiagem (com instantes e detalhes da floresta ripícola do Rio Neiva, em Fragoso, das ruas e espaços quotidianos de Braga, e de viagens a Lisboa), e o Livro das Teorbas (através de paisagens literárias).

Que há de diferente no Pentateuco das Passagens? Está todo ele escrito em haiku. Isto é, em poesia de raiz tradicional japonesa, necessariamente reinventada na contemporaneidade. Isso mesmo, numa forma textual brevíssima. E, acrescente-se, ao mesmo tempo, tão densa, como é uma pedra quartzítica, na intensidade da sua concentração. Pedra, sim, mas a luz atravessa-a. E, em todas as faces e arestas, gera irradiações para os leitores. São pedras escritas. Mesmo que nem tudo seja dito, na propositada suspensão da linguagem, a obra dispensa prefaciadores.

Fonte: https://agenda.barcelos.pt//evento/pentateuco-das-passagens-joaquim-felix-de-carvalho-3312
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