Zajguar 21h30
No jazz, a comunicação telepática, a empatia e a partilha de uma mesma linguagem - ou múltiplas linguagens - ajuda a explicar o sucesso de algumas aventuras. Pode dizer-se que é esse o caso do trio Zajguar, projeto oriundo do litoral norte do país mas com referências múltiplas que cruzam oceanos e décadas.
Com Amun Zalo nos teclados, Filipe Neves a garantir os grooves do baixo e Alex Bastos a gerar imaginativas cadências na bateria, os Zajguar garantem que se regem principalmente pelo caminho que a música leva e não pelas convenções dos gigantes do recreio. Forma curiosa de dizer que conhecem os dogmas, mas não se sentem obrigados a segui-los como palavra inscrita em pedra. A história, acreditam eles, é o que acontece em cada momento em que se cruzam.
Lana Gasparøtti 22h45
O nome Gasparøtti evoca a imagem de uma performer nata, e, de certo modo, esta artista de Lagos com ascendência croata faz jus a essa ideia ao dar os primeiros passos a solo.
Após concluir os estudos em Piano Clássico e uma licenciatura em Piano Jazz, Gasparøtti colaborou com diversas bandas de estilos musicais variados, como Plasticine, Beatrice, Orfélia e Outer Game.
Em 2020 começou a escrever as primeiras músicas no seu quarto e apresentou-se como artista a solo. Em plena pandemia, criou grooves com um sabor inconfundível. Something in my way, single lançado quase 3 anos depois, exemplifica a sua sonoridade única — uma faixa tão descontraída quanto complexa, com uma progressão envolvente e uma seleção cuidadosa de sintetizadores durante o solo. O estilo de Gasparøtti revela-se inclusivo e despretensioso, cruzando géneros e fronteiras musicais com naturalidade. Ainda em 2020, Gasparøtti foi escolhida pelo público para integrar o alinhamento do Festival Emergente. Acompanhada por João Segurado no baixo e Sebastião Bergmann na bateria, o trio foi premiado com o título de Melhor Concerto Super Emergente.
