O Museu Carlos Machado inaugura a instalação sonora "Cagarros Assembly: A Jangada", da artista norte-americana Ellie Ga, no próximo dia 13 de setembro, às 17h00, no Núcleo de Santo André.
Esta instalação sonora é baseada na série de sessões de escuta Cagarros Assembly, um projeto colaborativo que Ellie Ga desenvolveu em parceria com biólogos marinhos da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), membros da ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal), para o festival Walk&Talk. Inspirada pelo som dos cagarros e pelas vivências dos envolvidos no projeto, a instalação reflete sobre os ciclos de vida destas aves.
A experiência remonta a uma sessão de escuta realizada na Rocha da Relva, onde, à beira de uma falésia e sob a escuridão da noite, um grupo de pessoas se reuniu para escutar os cagarros, sendo que na instalação os participantes passam entre si um baralho de cartas táteis, com cada carta representando um aspeto do ciclo de vida dos cagarros e uma faceta da escuta profunda. Mediante uma combinação de gravações de campo e elementos narrativos, a instalação cria uma atmosfera de contemplação sobre os sons e desafios enfrentados pelos cagarros e pelo mundo natural ao seu redor trazendo uma experiência imersiva para o público, convidando a refletir sobre as complexas interações entre natureza e a humanidade.
Cagarros Assembly: A Jangada é uma instalação sonora integrada no programa Open Studios da Anda&Fala - Associação Cultural | vaga - espaço de arte e conhecimento
Biografia
Ellie Ga é uma artista e autora nascida em Nova York e radicada em Lisboa. Os seus filmes, textos e performances refletem uma paixão pela troca multidisciplinar de conhecimento, contada através de conversas quotidianas, desvios poéticos e pesquisas obsessivas, frequentemente em contextos inesperados: desde as ruínas submersas do antigo Farol de Alexandria (Square Octagon Circle) e a cartografia do quotidiano no congelado Oceano Ártico (The Fortunetellers), até a um estudo de mensagens em garrafas, tanto como ferramentas para estudar correntes oceânicas como metáforas para o exílio (Strophe, A Turning; Gyres 1-3). No seu filme Quarries, histórias de resistência são extraídas de lugares improváveis e encontradas em superfícies negligenciadas. O seu projeto contínuo Cagarros Assembly foi desenvolvido durante uma residência com o Festival Walk&Talk.
Fonte: https://www.culturacores.azores.gov.pt/agenda/default.aspx?id=48055