A Rhapsody in Blue leva-nos ao tempo da proibição do consumo do álcool e da proliferação dos espaços de entretenimento noturno onde floresceram as primeiras grandes figuras do Jazz. Foi em 1924, em Nova Iorque, que Gershwin tocou à frente da orquestra de Paul Whiteman para mostrar ao mundo que aquele novo género musical ia muito além do estigma das comunidades desfavorecidas e discriminadas. Ravel sabia-o bem. Em 1928 percorreu os E.U.A. de norte a sul e de costa à costa. Inspirou-se então para compor um concerto para piano marcado pelas harmonias do Blues e pelos ritmos sincopados do Ragtime. No lugar de ambos, senta-se agora ao piano Thomas Enhco, um pianista que também cruza a tradição clássica com a prontidão expressiva do Jazz.
Rhapsody in Blue de Gershwin
Orquestra Metropolitana de LisboaCarlos Azevedo Obra em estreia *
M. Ravel Concerto para Piano em Sol Maior
M. Ravel Suíte do bailado Ma mère l’Oye
G. Gershwin Rhapsody in Blue (versão para piano e pequena orquestra)Thomas Enhco piano
Pedro Neves maestro* Encomenda CCB
Fotografia: THOMAS ENHCO by Julien Benhamou