Uma das premissas do Festival FIOE é a de dar relevância a jovens interpretes como Ramon Pérez-Sindín Blanco, natural da Galiza.
O organista e cravista vem à Catedral interpretar, no órgão renascentista, obras de compositores de referência do repertório tardo-quinhentista para órgão ibérico, bem como de autores pós-barrocos como Carlos Seixas e Domenico Scarlatti que, contam os relatos históricos, se terão encontrado um certo tempo em Lisboa no reinado de D. João V.
O concerto procura e ensaia a sonoridade de um venerável instrumento com uma hitória longa de 462 anos, pelas mãos e pensamento interpretativo de um jovem organista.
O órgão é da autoria de Heitor Lobo e foi terminado em 1562. Encontra-se adoçado ao coro alto da Sé e possui o mais alto valor histórico e artístico. É pouco comum encontrarmos instrumentos que conservem tão grande quantidade de material original do século XVI.
Beneficiou de uma grande intervenção feita em 1771 por Pascoal Caetano Oldovino e de uma outra em 1967, pela firma Flentrop, tendo sido este o primeiro restauro filológico realizado em Portugal num órgão histórico, acrescentando prestígio e salientando a grande qualidade do instrumento.
Recentemente foi objecto de mais uma intervenção de conservação e manutenção, desta vez pelo organeiro Michel Formentelli.
O Festival Internacional de Órgão de Évora é organizado pela Igreja de S. Francisco, em parceria com o Cabido da Sé de Évora e a Igreja do Espírito Santo e conta com diversos apoios institucionais e parcerias media.
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