É com muito estilo que a Orquestra Metropolitana de Lisboa dá início a mais uma temporada de concertos. Mais precisamente, no estilo de Joseph Haydn. Haydn era um homem simpático, com sentido de humor e, sobretudo, entusiasta do seu ofício. Isso contrasta com os arrebiques e o estigma de seriedade que são por vezes associados à música clássica, de que foi pioneiro. Como tantos outros que receberam a sua herança, Lopes Graça chamava-lhe o «papá» Haydn. Em 1980 dedicou-lhe a Sinfonieta. Já em 1917 Prokofiev havia composto uma sinfonia «à sua maneira», a Sinfonia Clássica. A Sinfonia Concertante, que abre este programa, tem a curiosidade de apresentar quatro solistas à frente da orquestra. Foi um gesto de cortesia para com os músicos de uma orquestra londrina, aquando da primeira estadia de Haydn na capital inglesa, em 1792.
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