Neste concerto será apresentada em estreia a obra Leggenda Mexicana, para órgão e acordeão, de Gian Vito Tannoia.
Esta composição faz parte do programa de encomendas de novas obras no âmbito do Festival. A par com o restauro dos órgãos históricos, que vem sendo efectuado nos últimos anos, o FIOE empenha-se também em alargar o património musical existente, para fruição das gerações futuras.
A Leggenda Mexicana é inspirada em ritmos de origem mexicana, como é o caso do Huapango, cuja a origem se poderá localizar no Fandango ibérico. O ritmo sincopado do órgão contrasta com a linguagem profundamente virtuosística no acordeão. Os acordes de vertente pós-moderna conferem ao órgão o tradicional papel de acompanhamento na tradição do baixo continuo. Encontramos nesta obra em três andamentos inspiração na linguagem musical da América Latina, como tem vindo a ser característico na linguagem deste compositor.
O órgão e o acordeão são dois aerofones, sendo o conceito do acordeão baseado no órgão. O órgão barroco ibérico e o acordeão moderno não formam um conjunto usual, por isso a pertinência deste concerto. Será interpretada uma obra de Carl Philipp Emanuel Bach para dois órgãos. A contrastar a apresentação de obras para órgão solo baseadas em repertório de compositores formados na Catedral de Évora, farão a união entre os três períodos: renascimento, pós-barroco e pós-modernismo, num ecletismo simbiótico conciliando instrumentos e linguagens musicais de épocas contrastantes.
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