A exposição “Álvaro Siza - Um Diálogo entre o Passado e o Presente” transforma temporariamente os espaços expositivos do Banco das Artes, em Leiria, numa mediação entre a arquitetura passada de Ernesto Korrodi e a presente de Álvaro Siza, onde o projeto do Moinho de Papel figura proeminentemente.
Os esquissos de Siza são o suporte fundamental da mostra, particularmente os antropomórficos, em que caras e corpos parecem saltar do papel sob a forma de esculturas várias em madeira.
A música dos instrumentistas desenhados vai encantando os animais desde bestiário pessoal, onde girafas e touros imaginários coabitam com o gato pardo do amigo Alcino Soutinho.
Na génese grafica deste arquiteto-artista descobrem-se mitos e religião, a poesia do nascimento de Eva e da derrota de Golias, do cavalo de Tróia e da crucificação de Cristo. A caneta de Álvaro Siza desliza sobre o papel com a leveza de um anjo sobrevoando as nuvens, enquadrando com as mãos uma visão do mundo - esse mesmo mundo com o qual vai dialogando no tempo.
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